O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) convida policiais civis e população em geral para participar do grande ato público de protesto contra a violência em Alagoas, nesta sexta-feira (27), a partir das 8 horas, com concentração em frente ao Palácio do Governo. Neste dia, os policiais civis vão parar para protestar.

Já são mais de 14.200 pessoas assassinadas em menos de sete anos em Alagoas. Infelizmente, o policial civil José Santos de Oliveira, que foi assassinado brutalmente, em Igaci, no último sábado (21), entrou para as estatística de violência no Estado.

O caos em Alagoas deixa claro que não existe uma política de segurança pública eficiente. E os policiais civis são testemunhas do sucateamento do setor. O efetivo de policiais foi reduzido, e as delegacias estão superlotadas e insalubres. As reformas são precárias e não resolvem o problema das demandas. Os policiais também são desviados de sua área fim – a investigação – para ser responsável da custódia de preso.

“Infelizmente, o Governo do Estado prefere gastar dezenas de milhões de reais com locação de aeronaves, veículos, buffet e alimentação (Operação Espectro). Aumentou o duodécimo do Poder Legislativo. Publicou os decretos 23.115, 23.116 e 23.117, em 2012, que deu nova moratória às usinas, que já não vinham honrando o parcelamento de milhões de reais de suas dívidas com o Estado, conforme denunciou o Sindifisco/AL”, revela a entidade sindical, informando que todas essas denúncias  foram encaminhadas ao Ministério Público Estadual, mas o Sindpol não obteve resposta.

O Plano Nacional Brasil Mais Seguro também fracassou em Alagoas. Ao implantá-lo, a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) desvalorizou os policiais locais, não ouvindo suas necessidades. Esses profissionais estão na ponta do problema. Para a Força Nacional, o governo concedeu treinamentos, armamentos adequados e diárias mensais de R$ 9 mil. Tudo isso causou divisão. A vinda da Força Nacional também causou prejuízo a população que, muitas vezes, sofre com o abuso de poder e a arbitrariedade.

Para amenizar os efeitos da violência, o Sindpol defendeu as delegacias funcionando 24 horas nos bairros e apresentou um Plano de Cargos, Carreira e Subsídios (PCCS), que estimula e valoriza a categoria por seu tempo de serviço, por sua formação acadêmica e por sua atividade policial. Mas o governo ignora.