A prisão do acusado Luiz Rogério da Silva, na semana passada no estado do Pará, revelou o mistério envolvido na morte da estudante Roberta Dias, desaparecida em 2012, e trouxe a torna um esquema de tráfico de drogas, que funcionava dentro da Delegacia Regional de Penedo. Os crimes foram desabaratados nesta sexta-feira (06), com a prisão de 11 pessoas, entre elas policiais civis, o secretário de comunicação do município e traficantes.
De acordo com a delegada Ana Luiza Nogueira, titular Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), a morte de Roberta Dias foi encomendado ao agente de polícia Carlos Braulio Lopes Idalino, que recebeu o valor de R$ 30 mil, da ex-sogra da vítima, e teria articulado o sequestro e assassinato.
A lista com os nomes dos presos foi divulgada durante uma coletiva, nesta tarde, na sede da Polícia Civil, em Jacarecica. Além de Idalino, o chefe de operações da delegacia, Carlos Freire Cardoso, 34, e o agente Cledson Oliveira da Silva, 33, estão envolvidos no homicídio. A ex-sogra de Roberta Dias, Meirejane e Jorge Ferreira continuam foragidos.
A delegada informou que, durante as investigações, os agentes assassinaram uma testemunha ocular do crime, identificada como Severino Bento. Para não ser delatado, o trio também teria executado o jovem Daniel Araújo Santos, morto por engano. Segundo Ana Luiza, o alvo era um adolescente conhecido como Rafael.
Mesmo com a elucidação do crime, o local onde o corpo da estudante foi desovado ainda não foi revelado. “Nós estamos realizando todos os levantamentos possíveis para localizar onde o corpo de Roberta está”, completou Ana Luiza.