Parece já ter um desfecho o misterioso desaparecimento de Roberta Costa Dias, ocorrido em 11 de abril de 2012, na cidade de Penedo. Grávida, a jovem deixou sua residência para realizar um exame de pré-natal e nunca mais foi vista.

A informação da elucidação do caso foi confirmada, nesta sexta-feira, pelo secretário de Estado da Defesa Social, Dário César, por meio de sua página pessoal, no Facebook, que ainda confirmou o envolvimento de “maus policiais” no caso de desaparecimento.

Dário César disse ser intolerável a participação de policiais em crime. “Infelizmente, encontramos maus policiais envolvidos. Não podemos tolerar essa prática, pois somos pagos pelo Estado para proteger a sociedade, que é formada por todos nós! O policial quando comete crime ele torna-se pior que o bandido comum, pois faz uso de suas prerrogativas, arma, etc, travestindo-se de polícia para praticar seus desatinos! Cortar na própria carne dói, mas é essencial para construirmos uma Alagoas melhor!”, colocou o secretário.

Relembre o caso

Roberta foi vista pela última vez em Penedo no dia 11 de abril de 2012 quando saiu de casa para realizar um exame pré-natal. A família contou que antes de desaparecer, ela foi vista na casa do namorado e depois na companhia de uma amiga que a acompanhou na consulta. Depois disso, ela nunca mais foi vista.

O namorado de Roberta, pai do filho que ela esperava, chegou a ser apontado como suspeito pela polícia, mas ele negou qualquer pressão e afirmou que não sabia da gravidez da namorada.

O celular da jovem foi encontrado dois meses depois de seu desaparecimento em um terreno baldio próximo á unidade de saúde. O aparelho foi revendido e recuperado tempo depois. A Polícia Civil em Penedo chegou a interrogar o namorado, a amiga e familiares de Roberta, mas em nenhum dos depoimentos foi encontrado algum detalhe que ajudasse a solucionar o caso.

O computador e o telefone da jovem também chegaram a ser periciados. Ainda no ano passado, um corpo com características semelhantes ao da jovem foi encontrado em Coruripe e a polícia chegou a suspeitar que fosse Roberta. Porém, os exames mostraram que não se tratava da jovem desaparecida.

O caso voltou à tona após a desembargadora Elisabeth Carvalho cobrar a elucidação do caso durante uma sessão do Pleno do Tribunal de Justiça em abril deste ano.

Também em abril, familiares e amigos da jovem concederam entrevista ao CadaMinuto. A irmã de Roberta, Amanda Costa Dias, relatou que foi um ano muito difícil para família, que vem sofrendo com o “silêncio” da Polícia Civil. A investigação do caso, coordenada pelo titular da Delegacia Regional de Penedo, Rubéns Natário, foi entregue à Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic). Segundo Amanda, mesmo com a Deic à frente o caso nada mudou sobre as respostas dadas pela Polícia.