A falta de estrutura no Instituto Médico Legal (IML) tem chamado a atenção de magistrada para atendimento de crianças vítimas de violência sexual no estado. De acordo com a juíza auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça de Alagoas, Fátima Pirauá, as vítimas esperam mais de 24 horas para realizar o exame conjunção carnal e são obrigadas ficaram sujas durante este tempo.

Fátima esteve reunida com a vereadora Heloísa Helena, que já havia se pronunciado na Câmara Municipal de Maceió, sobre o tema. “O que está acontecendo é muito degradante e desrespeitador. Uma violência contra a Lei da Criança e do Adolescente”, afirmou Fátima, acrescentando que os profissionais do Instituto se recusam fazer o exame no horário da manhã.

A magistrada colocou que o exame é fundamental para conseguir a identificação do agressor, considerada como uma prova contundente para Polícia conseguir a condenação. Fátima afirmou que encaminhou ofícios para direção do órgão solicitando que o procedimento seja feito no máximo até duas horas, após a chegada da criança na unidade.

 “Além de solicitar a mudança de horário, solicitei também que o laudo pericial seja enviado para a delegacia de Crimes Contra a Criança, no prazo de 24 horas. Já estive reunida com a delegada Bárbara Arraes e ela me informou que o atraso do laudo dificulta muito a andamento da investigação”, acrescentou.

Falta de psicólogo

A juíza auxiliar da Corregedoria disse também pediu o enviou de um psicólogo para acompanhar o depoimento dessas crianças. Segundo ela, durante um encontro com o Governador Teotonio Vilela, destacou as dificuldades existentes no IML e na Delegacia de Especializada para o atendimento as vítimas.

“Nós sabemos que dificuldades existem, mas precisamos manter um mínimo de dignidade para essas crianças que já sofreram um trauma irreparável. Estamos com esperança que esses pedidos sejam atendidos”, colocou Fátima.