A Polícia Civil do Distrito Federal prendeu na terça-feira um jovem de 18 anos acusado de atear fogo a um morador de rua no início de agosto no Guará, cidade a cerca de 10 quilômetros de Brasília. Outros dois adolescentes já haviam sido apreendidos após o crime. O morador de rua Edivan da Lima Silva, 48 anos, morreu dois dias depois, no Hospital da Asa Norte.
Segundo a polícia, o jovem de 18 anos era procurado por homicídio e por três tentativas de homicídio – havia quatro pessoas dormindo na praça na hora do crime. Edivan teve 63% do corpo queimado, e os outros moradores conseguiram fugir e não se feriram. A vítima teve queimaduras de terceiro grau em 27% do corpo, inclusive na região da cabeça.
Os adolescentes foram estão à disposição da Vara da Infância e da Juventude. Já o jovem de 18 anos foi recolhido à carceragem do Departamento de Polícia Especializada (DPE).
O delegado Jeferson Lisboa Gimenes, responsável pelo caso, disse que três pessoas encapuzadas jogaram material inflamável perto do local onde os moradores estavam. Testemunhas contaram que todos os moradores estavam ao redor de uma fogueira e foram surpreendidas pelo ataque. O único que dormia no momento do crime era Edivan - por essa razão os policiais acreditam que ele não conseguiu escapar.
O morador de rua Luiz Antônio Silva, 42 anos, amigo de Edivan e que estava no local no momento do crime, disse que estavam deitados no chão da praça, quando foram observados por três homens que, em seguida, jogaram gasolina em cima deles. Ele conta que conseguiu escapar porque não estava dormindo, mas que chegou a ser perseguido por um dos homens.