Durante coletiva de imprensa a Polícia Federal e a Receita Federal, em Alagoas  afirmaram que o esquema desbaratado nesta manhã (15), com a Operação Abdalônimo, funcionava entre os membros da família do empresário Walmer Silva. O proprietário da concessionária Lifan foi preso junto com a irmã, também empresária Vitória Zoolo, acusados pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

Além dos irmãos, um contador e um funcionário do grupo empresarial também foram presos. De acordo com o delegado da Polícia Federal, Adriano Moreira, afirmou que a PF começou a investigar os suspeitos após a criação de diversas empresas em curto prazo de tempo e com o mesmo endereço. No total, 2008 a 2013 foram abertas mais de 20 empresas em nomes de laranjas da mesma família. “Elas funcionavam durante um ano”, completou Moreira.

Moreira, confirmou que uma pessoa foi presa na cidade de Feira de Santana, na Bahia. Os nomes dos presos não foram revelados pela Polícia. Sobre o valor de R$ 300 milhões movimentados pela quadrilha durante os últimos cincos, o delegado afirmou que o montante pode aumentar com o decorrer das investigações.

Agentes da Polícia Federal apreenderam documentos, computadores, carros de luxo, helicóptero, um avião, cofres e quatro armas. Sobre o armamento, a Polícia explicou que todas estavam com a documentação vencida, e uma era de cano de uso não permitido.  

O nome escolhido para Operação – Abdalônimo – era o nome de um homem pobre que foi descoberto por Alexandre, O Grande, que se tornou rei.  A denominação dada faz alusão às condições financeira de Walmer antes de adquirir tantos bens. O empresário é filho de um casal simples da cidade Anadia e residia no povoado Tapera, onde seus pais e alguns familiares moram até hoje. Ele vendia maracujá na feira livre da cidade e ao se tornar rico passou a ser chamado de “maracujá de ouro”.

Os agentes cumpriram quatro mandados de prisão expedidos, pela 17ª Vara Criminal da Capital, além de oito de condução coercitiva e 24 mandados de busca e apreensão. A operação ocorreu de forma simultânea na capital, Arapiraca, Anadia e Feira de Santana.

Segundo a PF, o empresário ostenta altíssimo padrão de vida possuindo diversos imóveis, fazendas, carros superesportivos, um avião e um helicóptero. A Receita Federal  informou que o investigado não declarou renda auferida condizente ou mesmo os bens que possuía.

O delegado da Receita Federal Edmundo Tojal afirmou que os rendimentos declardos são inferiores aos recebidos. "As evidências de sonegação de impostos são grandes, mas, estamos investigando".