Após a prisão de cinco pessoas em uma operação conjunta entre o Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) e o Batalhão de Operações Especiais (Bope), o  Ministério Público revelou que a quadrilha tem a participação de gerentes de agências bancárias em Alagoas. Após a investigação, foi constatado que os presos usavam documentos falsos também para retirar empréstimos entre R$ 100 mil e R$ 300 mil.

“Já está comprovado que os empréstimos eram retirados com a conivência de alguns gerentes de bancos e, alguns deles já estão identificados”, afirmou Alfredo Gaspar de Mendonça, coordenador do Gecoc, sem revelar a identidade nem a agência dos bancários que seriam beneficiados no "rateio" do dinheiro conseguido por meio das transações fraudulentas.

O promotor disse ainda que a quadrilha estava se preparando para aplicar um golpe em empresários chineses. Ele revelou que o grupo fez uma encomenda de cerca de R$ 1 milhão em mercadorias e, provavelmente, lesaria os estrangeiros com uso de documentos falsos.

“Nunca uma quadrilha como essa foi presa em Alagoas, eles eram muito organizados e atuavam há cerca de 10 anos com a base no estado e ramificações do Rio Grande do Norte até a Bahia”, colocou Gaspar de Mendonça.

Entre as falsificações feitas pelo grupo, o promotor destaca a emissão de certidões de óbito para foragidos da Justiça e documentação para a abertura de empresas fantasmas. Os "clientes" também acionavam a quadrilha durante blitz de trânsito para o recebimento imediato de documentos falsificados, como comprovantes do pagamento de IPVA.