Sete meses depois da explosão na sede da Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) da Polícia Civil, a comissão de delegados que investiga o caso receneu o laudo confeccionado pela Polícia Federal que aponta as causas do acidente. Os delegados Carlos Reis, Robervaldo Davino e Medson Maia estão de posse do documento produzido pelo Instituto Nacional de Criminalística (INC) sobre o caso.
A comissão, que é presidida pelo delegado Carlos Reis, diretor de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM), se dirigiu, na tarde de ontem (31), à sede da Superintendência Regional da PF em Alagoas, para receber os laudos que lhes foram entregues pelo chefe do setor Técnico Cientifico do órgão no Estado, Murilo Castelões de Almeida, que é perito criminal da PF.
O laudo foi assinado por quatro peritos da Polícia Federal, todos pertencentes ao INC, especialistas em análise de ocorrências envolvendo explosivos. O documento possui 72 páginas.
Os delegados informaram que, a partir de agora, a comissão começa a analisar, detalhadamente, o laudo, para dar prosseguimento às investigações.
A explosão
A explosão ocorreu no dia 20 de dezembro do ano passado dentro da sala de munições da sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), que ficava localizada na Ladeira dos Martírios. A agente policial Amélia Lins Costa Dantas morreu e outras oito pessoas ficaram feridas.
O abalo foi sentindo nos bairros do Centro e Trapiche. Comerciantes na região do Farol afirmaram que lojas e clínicas tiveram os vidros estraçalhados. Aproximadamente 200 imóveis foram atingidos.
A liberação de energia proveniente da explosão causou danos no prédio e outros no entorno num raio de quatro quarteirões e cinco ruas com avarias em várias edificações segundo Relatório de Avaliação Preliminar de Danos (AVADAN) da Defesa Civil Estadual – DC. Os principais danos foram relacionados a estrutura física dos imóveis como: teto, forros, portas, vidraças, esquadrias, rachaduras em paredes, caixas d'água, entre outros.