O juiz da comarca de Traipu, Alberto Almeida, negou, nesta quarta-feira (31), o pedido de transferência do ex-prefeito Marcos Santos para a Academia da Polícia Militar. O ex-gestor está preso em uma cela especial no Baldomero Cavalcante, desde o último dia 24, acusado de ser o autor intelectual da morte do ex-secretário Valter Palmeira.
O advogado de Santos, Henrique Mousinho, disse que após a decisão do magistrado irá entrar com um Habeas Corpus no Tribunal de Justiça para requerer a transferência, bem como impetrará uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF). Mousinho explicou que pelo fato de seu cliente ser advogado ele tem direito à prisão em sala de Estado Maior.
“Respeito a decisão do magistrado, mas é uma afronta à jurisprudência, que determina que advogados têm direito a ficar nas salas de estado maior e não apenas em celas especiais”, disse Mousinho à reportagem do CadaMinuto.
Sobre as acusações que pesam sobre o ex-prefeito, o advogado afirmou que o cliente é inocente. Mousinho garantiu que a defesa de Marcos Santos indicará o verdadeiro autor intelectual da morte de Valter Palmeira.
“Não vamos apenas mostrar que Marcos Santos não tem culpa, como também vamos apontar quem mandou matar o ex-secretário. Marcos e Valter eram amigos e não havia motivo para que o ex-prefeito mandasse matar a vítima”, relatou o advogado.
O crime
O ex-secretário de turismo de Traipu, José Valter Matos Palmeira, foi executado na madrugada do dia 14 de maio de 2011, no momento em que chegava em casa, localizada no Centro da cidade.
Segundo a Polícia Civil, Erivan Alves dos Santos, apontado como executor, chegou à residência da vítima se escondeu nos fundos de uma construção vizinha. Ainda de acordo com a Polícia, ao chegar e entrar em casa com seu carro , Valter foi surpreendido pelo acusado e morto com dois disparos de arma de fogo na cabeça.
No dia 18 de julho desse ano, Erivan foi preso e disse, segundo a PC, que Marcos foi o mandante do crime.