A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), negou o pedido de Habeas Corpus para Paulo Henrique Coutinho Nogueira, acusado de matar o secretário de agricultura de Passo do Camaragibe, Marcio Bomfim. A decisão foi publicada no Diário Eletrônico da Justiça (DEJ) desta segunda-feira (15).
Na publicação consta ainda que se trata de Habeas Corpus, com pedido de liminar, impetrado por José Fragoso Cavalcanti e outros em favor de Paulo Henrique. Na documentação avaliada que acarretou a prisão temporária, consta que haveria indícios da participação de Coutinho no crime de homicídio.
“Denotada a prática de crime dessa natureza, com requintes típicos de execução planejada, pode ser considerada como imprescindível às investigações a decretação da prisão temporária, portanto, não há razão para a concessão da ordem neste momento”, foi publicado no DEJ.
O caso
O corpo de Márcio Bonfim, secretário de Agricultura do município de Passo do Camaragibe, foi encontrado, com um tiro na cabeça, na AL 101 Norte, no dia 22 de maio. O corpo encontrado a cerca de 5 metros de seu veículo, estava com as portas abertas e o som ligado. O cenário do crime mostrava que a vítima poderia conhecer o assassino.
No dia 7 de junho, a Polícia Civil de Alagoas confirmou, em entrevista coletiva, que o assassinato teve motivação política e que foi planejado por Paulo Henrique Coutinho Nogueira, 43, irmão da prefeita de Passo do Camaragibe. Além dele, outras duas pessoas foram detidas por participação no assassinato.
Os outros dois presos na operação foram Rubens Felisberto de Ataíde Júnior, 40, e Janilson da Silva de Souza Júnior, 19. Rubens, também conhecido como “Bureco”, é policial militar e foi candidato a prefeito de São Miguel dos Milagres. Já Janilson responde por outro homicídio. As prisões ocorreram em Maceió e em Porto da Rua, povoado de Passo de Camaragibe.