Dez meses se passaram e o governo federal ainda não sinalizou para atender as antigas reivindicações dos policiais federais. Para relembrar a luta da categoria pela reestruturação salarial e o Plano de Cargos e Carreira, dezenas de representantes do Sindicato dos Policiais Federais em Alagoas realizam, na manhã desta quarta-feira (10) um ato público em frente à Superintendência da instituição, no bairro do Jaraguá.

No ano passado, vários serviços acabaram sendo prejudicados pela paralisação dos servidores federais que lutavam pela equiparação salarial com as agências reguladoras do governo federal. Ao CadaMinuto, o presidente do Sinpofal, Tomé Cavalcanti disse que o ato de hoje foi organizado com o único intuito de mostrar a sociedade que o movimento segue firme em buscas de modificações que beneficiem o combate à corrupção e a impunidade.

Com faixas e cartazes, os policiais permanecem concentrados em frente a PF e voltam a cobrar posicionamentos do governo federal, além de levantar novas bandeiras de luta da categoria. “Nosso objetivo é mostrar que o movimento não morreu. Já se passaram dez meses desde a última greve e o governo federal não atendeu nossas reivindicações. São antigas e novas bandeiras levantadas pela categoria que são relembradas nesse ato público que acontece também em outros estados brasileiros”, explicou o sindicalista.

Dentre as novas bandeiras, está a reforma da investigação criminal, o que, segundo Cavalcanti, contribuiria para a diminuição da corrupção pelo país. “O atual modelo é arcaico e falido, garantindo que esses crimes políticos continuem acontecendo e revoltando a população”, disse Tomé.

Apesar da manifestação [que será encerrada ao meio dia], os serviços da Polícia Federal não estão afetados.

Em agosto do ano passado, agentes, escrivães e papiloscopistas decretaram greve que durou mais de 70 dias. Vários atos foram realizados por todo o país pedindo a reestruturação da carreira de nível superior. Em outubro, os policiais, mesmo sem acordo com o Ministério da Justiça, suspenderam a greve. O Ministério da Justiça ainda não se pronunciou sobre as manifestações da Polícia Federal e suas reivindicações.