As investigações sobre o caso Bárbara Regina ganha mais um capítulo com a entrada do delegado e ex-chefe da Polícia Federal José Pinto de Luna. Ele foi contratado pela família da estudante de contabilidade para tentar investigar com maior propriedade os fatos levantados até agora no caso.

A informação da entrada do delegado no caso foi dada em primeira mão pelo blog do jornalista Odilon Rios nesta terça-feira (09). Luna conversou com o CadaMinuto nesta quarta-feira e disse que foi chamado pela família de Bárbara a cerca de um mês para atuar no caso. Ele aguarda agora o parecer do Ministério Público e que a Justiça atenda seu pedido para ter acesso aos autos do processo.

Assim que for autorizado, o delegado afirmou que vai solicitar que a Valéria Leite, mãe de Bárbara, e Teresa de Jesus, avó da jovem sejam ouvidas pela polícia. “Em momento nenhum das investigações a família da Bárbara foi ouvida e os depoimentos dessas pessoas são muito importantes para a elucidação do crime”, afirmou.

Luna disse também depois que se inteirar dos autos do processo pretende contestar a versão da Polícia Civil de que Bárbara Regina era garota de programa e  o depoimento de Tiago Handerson - primo de Vanessa Ingrid, que afirmou que a jovem foi morta por Vanessa por conta de uma dívida oriunda da prostituição.

“A família repudia essa afirmação de que Bárbara era prostituta. A mãe e a avó ficaram chocadas com essa informação repassada pela polícia e queremos provar que isso não procede”, disse.

Ele ainda contestou o motivo pelo qual a polícia ainda não prendeu Otávio Cardoso, que está foragido e foi visto ao lado da jovem saindo de uma boate na Ponta Verde. “Se há um mandado de prisão em aberto contra ele, já deveria ter sido cumprido”, afirmou.

O caso

Bárbara foi vista desapareceu no dia 1º de setembro do ano passado ao deixar uma boate. Ela foi vista pela última vez acompanhada de Otávio Cardoso. O caso havia sido dado como encerrado pela polícia, que chegou a afirmar que Otávio teria matado a jovem e depois foragido.

No dia 25 de abril deste ano, a PC surpreendeu a todos ao convocar uma coletiva de imprensa para apresentar Tiago Handerson e seu depoimento onde apontava Vanessa Ingrid - acusada de mandar matar outras jovens e ser a líder de uma rede de prostituição, como a mandante da morte de Bárbara.

A informação acabou dando uma reviravolta no caso e acabou culminando com a reabertura do caso. Na ocasião, Tiago disse que a jovem foi atraída para uma armadilha arquitetada por Vanessa, que com a ajuda de Otávio e de seu amante Genilson dos Santos, matou a jovem esquartejada em um terreno em Rio Largo.

O coordenador do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas do Ministério Público (Gecoc), Alfredo Gaspar de Mendonça, disse à imprensa que o depoimento de Tiago não levava a indícios concretos da ligação entre as duas jovens.