A Polícia Civil de Alagoas já tem em mãos as imagens das câmeras de segurança de estabelecimentos comerciais localizados nas imediações do terreno onde o corpo do garoto Felipe Vicente da Silva, de apenas dois anos, que estava desaparecido desde o dia 16 de junho, foi encontrado no último sábado (29). Parentes já prestaram depoimento e a polícia afirma ter um suspeito do crime e seguir uma linha de investigação, mas os detalhes não serão divulgados para não atrapalhar o curso dos trabalhos.
A investigação do caso é feita por uma comissão de delegados, presidida pela delegada Bárbara Arraes, e formada por Denisson Albuquerque e Antônio Henrique. Em entrevista a rádio Gazeta, o delegado Denisson Albuquerque, afirmou que as imagens recolhidas podem ajudar a polícia a chegar ao criminoso. “O menino era muito esperto, mas não poderia chegar àquele local sozinho, ele foi levado por alguém conhecido e assassinado. Algumas denúncias foram repassadas à polícia, já existem suspeitas, mas ainda não podemos divulgar informações sobre o caso”, colocou.
A polícia não descarta o envolvimento de algum parente no crime e por isso já colheu vários depoimentos. Além disso, a mãe da criança pode ser investigada por negligência e omissão, isso porque durante os dias do desaparecimento, a polícia descobriu que essa não era a primeira vez que Felipe Vicente havia sumido. “O primeiro desaparecimento aconteceu 15 dias antes do segundo, que acabou de forma trágica. Mas isso não nos foi repassado pela mãe, e conseguimos descobrir pelos depoimentos colhidos. A mãe pode sim responder por negligência”.
Felipe Vicente foi localizado num terreno baldio no Tabuleiro do Martins, parte alta da capital alagoana, colocando um ponto final na esperança de familiares e amigos de encontrarem o menor com vida. O corpo foi enterrado no domingo (30), sob forte comoção no Cemitério São José no Trapiche da Barra.
O reconhecimento do corpo só pode ser feito devido às roupas e sapatos usados pela criança no dia em que desapareceu. No sábado, o CadaMinuto conversou com o diretor do Instituto Médico Legal, Luiz Mansur, que confirmou a realização de um exame de DNA para comprovar que o cadáver encontrado é mesmo de Felipe Vicente, isto por causa do avançado estado de decomposição. A liberação do corpo só deveria acontecer dentro de 15 dias.
Ainda não há a divulgação da causa da morte, mas segundo fontes ouvidas pelo CadaMinuto, a o corpo apresentava uma rachadura no crânio o que pode ter provocado a morte da criança. O fato ainda não é confirmado pelo instituto.