Tráfico de drogas, associação ao tráfico e formação de quadrilha. Esses serão os crimes que os presos na “Operação Delivery”, deflagrada na madrugada desta sexta-feira (28), irão cumprir, mostrando uma ligação direta entre o sistema prisional e os revendedores na capital alagoana.

De acordo com a delegada Ana Luiza Nogueira da Deic, as investigações duraram cerca de dois meses e o grupo estava sendo comandado por um detento, identificado como Ialex Costa Viana, 28 anos, que está preso desde 2009 por roubo de carga.

“Ainda não trabalhamos como outras ramificações para esta quadrilha, mas, fomos direto mãos cabeças. Este meliante que comandava tudo do presídio, é um elemento de alta periculosidade e será enquadrado em outros crimes agora”, disse.

A Polícia chegou até o detento, que portava, dentro do presídio, e celulares e 22 chips que usava para fazer toda a comunicação e o tráfico de drogas, através Nilton Tomás de Souza, o “Coroa”, de 48 anos que fazia a entrega das drogas por toda a cidade.

Além destes dois, filmagens usadas pela polícia, identificaram ainda, a menor F.M.S 17 anos, Simone Santos Duarte, Ivaldo Lopes Pimentel ,35, José Teixeira Cavalcante, 35 e Thiago Ítalo Abreu Lemos, conhecido como “Barão”, 29 anos, que era dono do bar “”Churrasquinho Bola Cheia”, no Conjunto José Tenório, onde a receptação e distribuição da droga era feita.

Além dos presos, a Deic apreendeu uma quantidade maconha e cocaína não divulgada, além de três celulares, 22 chips, cartões de crédito e uma quantia em dinheiro estimada em R$ 2 mil.

Um advogado que preferiu não conversar com a imprensa, estava acompanhando os presos, que preferiram não mostrar o rosto. Porém, os acusados falaram. O detento Ialex Costa, afirmou não conhecer os outros presos.

“Não conheço nenhum deles. Estou preso desde 2009 por roubo de cargo, assumo meus erros, mas não tenho nenhuma ligação com esses caras ou com o tráfico de drogas”, afirmou.

Já o dono do bar, que seria o ponto de distribuição das drogas, Thiago Ítalo, preferiu se defender das acusações. “Quem me conhece sabe que não tenho nada com isso. Tenho minha família, meus amigos e meus clientes sabem que sou inocente e vou provar isso”, disse.

Encaminhados para o sistema prisional, os acusados serão enquadrados nos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e formação de quadrilha.