A Polícia Civil de Pernambuco está à procura de Juciano Cavalcante, assessor do deputado estadual Jota Cavalcante (PDT), acusado de assalto à mão armada, cujo processo é datado do ano de 1996. Ontem, dois agentes do estado vizinho estiveram na capital alagoana para prendê-lo, mas o acusado conseguiu foragir e segue sendo caçado pelos policiais.
Por volta das 3h da madrugada desta quinta-feira (27), os dois policiais chegaram a Maceió e montaram campana nas imediações da residência de Juciano Cavalcante, localizada no Barro Duro. Eles esperavam o acusado deixar o imóvel para cumprir o mandado de prisão expedido por um juiz do estado de Pernambuco.
Segundo o policial Leonardo, quando Juciano saía de casa, os agentes se aproximaram e anunciaram a prisão, algemando-o. No entanto, uma grande confusão foi ‘armada’ pelo acusado que, para se defender ao ser abordado pelos policiais, gritava se tratar de um sequestro, chamando a atenção da população.
“Como nós estávamos descaracterizados, a população veio para cima da gente e foi uma grande confusão. Neste momento, ele entrou na residência enquanto ficamos do lado de fora explicando do que se tratava na verdade, mostrando o mandado da justiça”, contou o agente da polícia civil à reportagem do CadaMinuto.
Quando a situação foi contornada, os agentes imaginavam que conseguiriam efetuar a prisão. No entanto, ao entrarem no imóvel viram o acusado escapar pulando o muro do quintal, numa altura – segundo a polícia – de aproximadamente cinco metros. “Já tínhamos algemado ele, mas acabou conseguindo escapar. Algumas pessoas não entenderam a situação e devem ter dado cobertura”, disse.
Os policiais ainda fizeram algumas buscas pela região, mas não conseguiram prendê-lo. Eles retornaram hoje para Recife e, segundo o policial Leonardo, deixaram o mandado com a Polícia Civil de Alagoas para que possa efetuar a prisão.
Assessor é exonerado do cargo
O deputado Jota Cavalcante mostrou surpresa com o mandado de prisão contra o assessor e ainda nesta quinta-feira (27) pediu que Juciano Cavalcante fosse exonerado do cargo até que tudo seja esclarecido. Ontem, quando o parlamentar soube da confusão esteve no local acompanhado de um advogado.
“Fui surpreendido com esse processo que é de 1996, principalmente porque no tempo em que esteve trabalhando comigo, o Juciano apresentou uma conduta ilibada, era de minha inteira confiança. Mas decidi exonerá-lo do cargo até que a situação seja esclarecida”, revelou o parlamentar.
Para contratar algum funcionário, Jota Cavalcante disse que sempre busca a certidão negativa e na Justiça Federal e na Justiça de Alagoas nada apareceu contra ele. “Como ele está foragido ainda não sei direito do que se trata esse processo, mas garanto que se soubesse que um servidor que trabalha comigo era acusado de qualquer delito não o teria contratado”, finalizou.