A Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga pelo menos quatro grupos de neonazistas no Estado - eles são suspeitos de praticar crimes por incitação ao preconceito contra negros, homossexuais e nordestinos. Um dos presos é alagoano.

Os jovens atuam em Niterói, São Gonçalo, na região dos lagos, na baixada fluminense e na capital. Exatamente um mês atrás, cinco homens, uma mulher e um adolescente que se denominam "skinheads" foram presos em Niterói por agredir um homem natural de Natal (RN). As informações são do jornal O Globo.

Os detidos tinham tatuagens com suásticas pelo corpo e a maioria mantinha o cabelo raspado. Eles tinham como alvo grupos sociais que consideram "impuros", como negros, homossexuais e nordestinos - uma ironia, já que um deles é alagoano e outro é filho e neto de negras.

A Polícia Civil não possui registros de quantas pessoas foram vítimas desses neonazistas. Porém, de 9 de fevereiro de 2012 até a última sexta-feira, dia 24 de maio, houve 386 casos de crime por homofobia no Estado - 123 deles contra mulheres. A contagem foi feita depois que a chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, determinou a criação de um campo no registro de ocorrência para a inserção do termo homofobia. Porém, para os crimes de racismo, ainda não há uma contagem parecida.