Atualizado às 15h38.
Em coletiva, na sede da Polícia Civil na tarde desta segunda-feira (27), a delegada Ana Luiza Nogueira, da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), apresentou os acusados da morte do empresário Gustavo Figueiredo, dono do Restaurante do Zezé. Jailson Simplício Neves, que estava foragido, foi preso semana passada apesar de ter reagido à prisão, acusado de ser o executor da vítima. Hoje os agentes da Polícia Civil prenderam Valdomiro Rego Brêda, 30, conhecido como Robertinho.
Joilson, que responde pelos crimes de roubo e tentativa de homicídio, confessou sua participação no crime, segundo a delegada. Robertinho, que trabalha com venda de carros e terrenos, foi preso em 2008 acusado de ameaçar o delegado Marcílio Barenco. O suspeito de ser o autor intelectual é acusado também de sete mortes ocorriddas entre 2011 e 2012, quando atuava como matador de aluguel, de acordo com Ana Luiza.
A delegada informou que Joilson revelou que receberia uma emprego e R$ 10 mil pela morte do empresário. "Joilson disse, em depoimento, que o Robertinho encomendou o crime porque tinha uma rixa com o empresário. Mas, como a vítima não morreu e passou cinco meses internada, Robertinho não pagou porque o serviço não foi bem feito", disse Ana Luiza.
Joilson disse também, segundo a Polícia, que estava sendo ameçado por Robertinho. Ao ser apresentado à imprensa, ele negou conhecer Robertinho e garantiu que assinou o depoimento porque não "adiantava dizer que era inicente". Com Joilson, os agentes da Deic apreenderam uma pistola 380. A arma foi encaminhada para perícia para ser analisada. A Polícia quer saber se os dois tiros que atigingiram o empresário foram disparados da pistola de Joilson.
"Sou inocente. Não sei quem é esse Robertinho, nem sabia quem era a vítima", colocou Joilson dizendo que reagiu à prisão porque a Polícia já o abordou "atirando".
Robertinho também disse ser inocente afirmou que com a morte do empresário "perdeu um grande amigo". O acusado de ser o mandante do crime negou qualquer rixa com Figueiredo, com quem garantiu manter uma ótima relação também com a família da vítima.
Sobre Joilson, o vendedor colocou que não o conhece. "Ele é louco, sei da fama dele de ladrão", frisou.
Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara Criminal da Capital.
O caso
Figueiredo foi vítima de uma tentativa de homicídio na tarde do dia 23 de dezembro de 2012, dentro de seu estabelecimento. Após cinco meses internado, o empresário faleceu no último dia 19 e com isso o crime passou de tentativa de homicídio para homicídio qualificado, com características de emboscada (quando a vítima não tem chance de defesa).