Na segunda feira, 13 de maio, que marca , oficialmente, os 125 anos da Abolição  da Escravatura ou o " Dia de Denúncia contra o Racismo”, ocorre uma agenda afirmativa entre entidades afro-alagoanas e  o prefeito da capital de Maceió,AL, Rui Palmeira.

A reunião articulada pelo Instituto Raízes de Áfricas surge como resultado do “Ároyè”, um Almoço temperado com Política, iniciativa do Instituto, ocorrido dia 14 de setembro 2012 e que reuniu candidatos a prefeitura de Maceió, dentre eles, o atual prefeito.

O debate moderado pela estudante de Jornalismo do Centro Universitário CESMAC, Pali Pedrosa discutiu propostas e metas à promoção de uma política para a igualdade racial, no município de Maceió. Aconteceu no 6º andar da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas, no bairro do Farol. 

A reunião da segunda-feira, 13, tem como pauta uma agenda antirracismo e visa discutir e estabelecer uma pauta para a efetivação de políticas públicas voltadas para reverterem as tendências históricas que conferem a população negra maceioense  uma posição de desvantagem, particularmente nas diversas áreas da educação, saúde, trabalho, etc.

Além da coordenadora do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros  estarão presentes, Mãe Mirian Ile Nifé Omí Omo Posu Beta,  Paulo José da Silva- Diretor presidente da Federação Zeladora das Religiões Tradicionais Afro-Brasileiras em Alagoas – FRETAB, Eulina Neta- presidente do Conselho da Condição Feminina do município de Maceió, Valdice Gomes, da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial e Helcias Pereira pelo Anajô.

Essa será a primeira vez que Rui Palmeira recebe  uma comissão do  movimento negro como agenda política para  a implementação de ações.

O 13 de maio.

*O dia 13 de maio foi transformado pelo Movimento Negro Unificado – MNU, em Dia Nacional de Denúncia contra o Racismo, após a fundação do MNU, no ano de 1978.

A contestação do 13 de maio como data que é lembrada como a da Abolição da Escravatura pela oficialidade, se dá porque os descendentes de africanos não participam igualitariamente na sociedade brasileira, uma vez que ainda há preconceito racial e discriminação racial manifestados pelo racismo contra negros e negras na sociedade brasileira.

·* Com colaboração da professora Helena Rocha. Instituto Federal do Pará