A Polícia Civil de Alagoas confirmou, nesta quinta-feira, a prisão de Weider Monteiro, conhecido como “Nego da Barra”. Apontado pela polícia como um dos homens mais perigosos do estado, ele foi detido no interior do estado de Santa Catarina após um trabalho de investigação e inteligência da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), coordenados pela delegada Ana Luiza Nogueira.

Durante a abordagem de policiais, Nego da Barra não reagiu à prisão. Segundo informações divulgadas por um site de notícias do interior de Alagoas (o Alagoasweb), Weider Monteiro estava trabalhando a mais de três meses em uma empresa na cidade onde foi preso.

O criminoso vinha sendo investigado pela polícia alagoana a mais de 30 dias, mas só foi preso nesta quarta-feira (24), após a polícia ter todas as informações de que o acusado não estaria envolvido em crimes no Sul do país. Ele deve ser transferido para Maceió nos próximos dias.

De acordo com a delegada Ana Luiza Nogueira, diretora da Deic, “Nego da Barra”, tem envolvimento em uma série de crimes em  Alagoas: homicídios, assaltos, ataques a bases da Polícia Militar e delegacias, além de ter ligação com o tráfico de drogas em Alagoas. A delegada disse que ele é um dos foragidos mais procurados pela polícia nos últimos meses e que mais informações sobre a prisão serão divulgadas ainda hoje.

Dentre os crimes de maior repercussão no estado está a morte da adolescente Damaris Josielle Santos, de 19 anos. O corpo da jovem foi encontrado em uma cova rasa numa mata na zona rural do município de Marechal Deodoro. 

Segundo as investigações policiais, Damaris pode ter sido morte devido seu envolvimento com o tráfico de drogas e a participação em crimes na capital alagoana. A Polícia Civil acredita que ela tenha participado de um assalto a uma casa lotérica em Maceió e acabou sendo morta pelos integrantes da quadrilha. 

O assalto acabou sendo frustrado já que a polícia investigava a jovem e a seguiu no dia do crime, que terminou com um assaltante morto e outro baleado. Na abordagem militar, duas pessoas acabaram fugindo num veículo, uma mulher e um homem, que a polícia acredita se tratar de Damaris. 

Como os assaltantes não conseguiram completar a ação, a jovem pode ter sido assassinada após a desconfiança de que ela teria ajudado a polícia e denunciado o grupo.