Passados seis meses da morte do português Mário José Santos da Silva, em outubro de 2012, e com todos os artifícios, até o momento, usados na investigação a Força Nacional e o delegado responsável pelo caso, Rossílio Souza, ainda não encontraram o responsável pelo crime. Diante da complexidade do caso, ele não descarta o arquivamento do inquérito.
Segundo o delegado, neste período foram interrogadas mais de trinta pessoas, vários reconhecimentos feitos, tentativa do disk denúncia e principalmente os trabalhos de balística feitos nas mãos de suspeitos e até de policiais. Isto porque uma pista levou a Força Nacional a investigar a participação de um policial civil no crime. Todas as tentativas não apontaram um suspeito.
“Este caso é muito complexo. O crime aconteceu em outubro, já foram meses e pedidos de prorrogação, uma vez que nós estamos buscando pistas e tentando linhas de investigação, mas até agora não temos novidades com relação a esse crime”, disse Rossílio Souza.
Questionado sobre o tempo que a investigação ainda deve durar, o delegado responsável pelo caso admite que o trabalho continua, mas não descarta a possibilidade do inquérito ser arquivado pela falta de provas e principalmente da identificação do acusado.
“Temos outros casos de igual importância para investigar, mas iremos continuar em cima dessem fato. Neste período iremos analisar também algumas situações e mais a frente poderemos encaminhar o inquérito para um promotor, que irá avaliar a necessidade de novas diligências ou optar pelo arquivamento do processo”, finalizou.
O CASO
Mário José Santos da Silva, 42, foi assassinado a tiros de pistola no dia 02 de outubro. De acordo com testemunhas, o carro do português, um Pólo, foi atingido por um Pálio Weekend, de cor prata e placa com final 4918 (dados repassados por testemunhas), nas imediações do Conjunto Vila dos Pescadores. Mário pediu que o motorista do Pálio saísse do carro, o que não ocorreu.
Ao parar em um semáforo, quase em frente à sede da Procuradoria Geral do Estado, o português desceu de carro e foi tirar satisfações com o condutor do outro veículo. Sem dar chances de defesa, o motorista do Pálio efetuou dois disparos de pistola 380, que atingiram a vítima. Em seguida, ele ainda passou por cima do empresário com seu carro.
No momento do crime, Mário José estava acompanhado do enteado e da esposa, com quem estava casado há dois meses. Ele chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu ainda na ambulância.
Em um primeiro momento, uma pista levou a Força Nacional a investigar a participação de um policial no crime. Porém, o delegado Rossílio Souza conseguiu chegar a identificar um policial, mas com resultado do teste balístico, sua participação no crime foi descartada.