A Polícia Civil de Alagoas será a primeira no país a remeter autos concluídos, totalmente virtualizados, ao Ministério Público e à Justiça alagoana.
Segundo a delegada-geral adjunta Kátia Emanuelly, o novo procedimento será adotado inicialmente pela Central de Polícia da Capital, que passa por uma reestruturação. As mudanças tiveram inicio na última sexta-feira (1º).
Com o novo modelo, a plantonista conta com dois delegados de plantão a cada 24 horas. No total são oito delegados e 104 policiais, entre agentes e escrivães, designados para receber e lavrar flagrantes de pessoas detidas na capital e região metropolitana.
“Com o novo modelo, esperamos agilizar tanto o trabalho na Central como nas delegacias distritais e especializadas, onde as equipes estarão envolvidas apenas nas suas atribuições de investigação”, esclareceu Kátia Emanuelly.
De acordo com o delegado Medson Maia, da Diretoria de Estatística e Informática (Deinfo), com o uso da nova ferramenta será possível remeter os autos concluídos, com a apresentação do relatório em 24 horas, ou seja, a autoridade policial em curto espaço de tempo irá autuar, relatar e remeter o inquérito concluído.
“Com este procedimento, o MP receberá imediatamente os autos e, caso ache necessário, solicitará ou não à polícia, novas diligências”, explicou.
O diretor informou ainda que, no primeiro momento, a Central de Polícia já trabalhará desta forma, mas nos dias 11, 12 e 13 deste mês, todos os delegados e escrivães dos distritos policiais e das delegacias especializadas da capital e região metropolitana serão capacitados para o uso da nova tecnologia.
Medson Maia esclareceu ainda que este procedimento, pioneiro no país, realizado pela Polícia Civil de Alagoas, começa a funcionar a partir da próxima semana com a publicação de portaria no Diário Oficial do Estado.
Para o diretor de Polícia Judiciária Metropolitana (DPJM), delegado Carlos Reis, a confecção de autos de prisão em flagrante delito e demais procedimentos cartorários utilizando esta nova ferramenta vai possibilitar, entre outros aspectos positivos, a otimização do tempo.
“Com isso, vamos inclusive beneficiar os policiais do trabalho ostensivo, que passarão menos tempo nas delegacias, além de prestarmos um serviço de melhor qualidade para a sociedade”, declarou Carlos Reis.
A nova ferramenta desenvolvida e inserida no Sispol (Sistema de Informação Policial) foi demonstrada durante uma reunião na tarde desta quarta-feira (5), na sede do Ministério Público Estadual (MP), ao corregedor-geral do MP, Márcio Roberto Tenório, e às promotoras Cintia Calumby e Karla Padilha.