A delegacia Regional de Palmeira dos Índios está atravessando um período bastante crítico. O prédio não tem condições de abrigar os detentos e devido à demanda diariamente são violados os direitos humanos, haja vista a situação precária para alojar os presos. O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol) obteve nesta segunda-feira (25), a informação de que existem oito presos acorrentados em motocicletas e nas grades, já que a delegacia não possui carceragem.
Diretores do Sindpol, já haviam feito a denúncia ao juiz da cidade Ferdinand Scremin Neto e ao promotor de Justiça Marcos Aurélio Gomes Mousinho, no início do mês de janeiro, mas nada foi feito para impedir o constrangimento dos policiais civis e melhorar as condições dos presos. Por causa das correntes os presos não podem ir ao banheiro, dormir ou se alimentar.
O presidente do Sindpol, Josimar Melo, destaca que "a delegacia é para funcionar no sentido de atender à população e promover a investigação de crimes, devendo o sistema prisional ter a responsabilidade pelos presos".
O sindicato afirma, ainda, que a delegacia Regional de Palmeira dos Índios não apresenta nenhuma condição logística e física para a manutenção de presos que chegam diariamente de outras localidades, como as cidades de Quebrangulo, Tangue D’água e Coité de Noia. A regional está funcionando provisoriamente em uma residência, uma vez que o prédio oficial foi interditado pela justiça por falta de condições físicas.
A situação do local é de insalubridade. Há lixo amontoado nos recintos da delegacia e armazenamento de água imprópria localizada junto aos materiais apreendidos.