Ao investigar a participação de Vanessa Ingrid, 20 anos, no crime brutal que vitimou a jovem Franciellen da Rocha, 18, a Polícia Civil descobriu uma ramificação de possíveis crimes, entre eles, um outro homicídio e a ligação com a prostituição.

Em depoimentos, Vanessa confirmou ter ligação com um grupo de prostituição do Estado, que não fica apenas em pequenos contatos, sendo ampliado e divulgado mundialmente através da internet, com um site de acompanhantes que tem homens, mulheres e travestis, que podem fazer contatos e programas.

O site inclusive, apresenta categorias, sub-seções, fotos e vídeos dos acompanhantes, que cobram em média, R$ 250 por programa, sendo que R$ 150 ficaria para a “dona do negócio”, que seria Vanessa e R$ 100 para quem fez o programa.

Diante do fato, que tem grande movimentação em Maceió e Arapiraca, mas que tem parceria com agências de outras cidades, a reportagem do CadaMinuto questionou o delegado responsável pela investigação do crime, José Marcos, sobre uma nova linha de investigação, com relação a outros crimes.

“Na verdade, essa situação não nos interessa. Estamos focados no homicídio. Outras situações estão aparecendo, mas, a princípio, não tem nada que leve a outra investigação, até porque, prostituição por vontade própria não é crime”, disse.

Como o “negócio” gira em torno de outras cidades e mantém um grande grupo de pessoas, além de permitir a Vanessa, possível proprietária do site a manter um alto padrão de vida, o delegado foi novamente questionando sobre um possível esquema de tráfico de pessoas ou trabalho escravo. Porém, José Marcos foi taxativo.

“Posso me arriscar a dizer que não existe isso. Não estamos nos aprofundando nessa situação, mas acho que não existe. Se, mais à frente, tivermos essa confirmação, aí sim, a Polícia Civil pode investigar”, finalizou.