Desde que perdeu o cinturão dos meio-pesados do UFC, Lyoto Machida segue na busca implacável para recuperá-lo. E o carateca pode se reaproximar da disputa de título em caso de vitória sobre Dan Henderson, no UFC 157, no próximo dia 23, na Califórnia.

O show marca a estreia das mulheres no maior evento do mundo, o que “empurrou” o duelo masculino para o co-main event. A mudança colocou Ronda Rousey e Liz Carmouche como protagonistas, mas não abalou Machida, segundo afirmou o brasileiro em entrevista exclusiva à TATAME.

“O main event tem um apelo muito maior. Mas se não foi dessa vez eu acho que numa próxima oportunidade a gente vai conseguir chegar lá mais uma vez. Eu gostaria que fosse de uma forma, mas se não foi, está ótimo também pra mim. O importante é lutar”.

Fale sobre sua preparação para a luta contra o Dan Henderson.

A minha preparação tem sido muito boa, porque eu estou tendo um grande suporte de material humano. O Glover, o gaúcho, o Rafael têm me ajudado bastante. Temos aqui grandes técnicos também. O Johnson, o próprio Rafael Cordeiro, o meu irmão… O Cobrinha também está me dando uma força no chão. Tenho um treino de grande qualidade técnica aqui.

O que mudou no Lyoto, como lutador, a partir da mudança para os Estados Unidos?

Eu acho que não mudei muita coisa, apenas estou buscando melhorar a minha performance cada dia mais. Talvez seja essa mudança que tenha ocorrido.

O Hendo nunca foi nocauteado. Quais as chances de você ser o responsável por quebrar esse tabu?

Eu sempre entro na luta dando o meu melhor, achando que eu posso conseguir o meu objetivo, que é terminar a luta antes do tempo, seja por nocaute ou finalização. Mas em momento algum eu estou preocupado se o Dan Henderson nunca foi nocauteado. Eu sei que ele é um cara duro, que merece todo respeito sim, mas eu vou lutar sem esse compromisso de ter que nocautear ou não. Vou entrar para fazer o meu melhor ali dentro.

Como avalia seu adversário?

É um cara duro, tem vários cinturões de diversos eventos. É também um brigador, que entra para realmente buscar a luta, o tempo inteiro. É um grande campeão.

O Dan Henderson disse que não se incomodou com a luta deixar de ser main event. E você, o que achou dessa iniciativa do UFC?

É complicado a gente como lutador ficar falando se se importou ou não. Lógico que eu gostaria que fosse um main event. Acho que o main event tem um apelo muito maior. Mas se não foi dessa vez eu acho que numa próxima oportunidade a gente vai conseguir chegar no main event mais uma vez. O importante agora é esquecer isso, não fico pensando nessas coisas. Gostaria que fosse de uma forma, mas se não foi, está ótimo também para mim. O importante é lutar.

Que análise faz do peso meio-médio com a chegada de atletas do Strikeforce, como Rafael Feijão, Gian Villante e Gegard Mousasi?

Eu acho que a categoria vai ficar mais aquecida agora porque com a chegada desses grandes campeões, que vêm do Strikeforce, com certeza o nível da competição dentro do evento vai aumentar. Vai ser muito bom para a gente e para os fãs também poderem curtir grandes lutas, o que eu acho que é o mais importante.

Anderson Silva, Minotauro, José Aldo, Wanderlei, Belfort e muitos outros lutaram em edições brasileiras do UFC. Essa é uma de suas metas para 2013?

Com certeza. O Brasil é realmente o país onde tudo nasceu, onde fui criado e morei. E receber o apoio dos fãs em cada golpe, em cada atitude dentro do octógono, seria muito gratificante para mim. É um projeto meu lutar no Brasil neste ano.