Dados apresentados pela Polícia Civil de Alagoas mostram a intensificação no combate a crimes praticados contra instituições financeiras no Estado. O resultado foi divulgado nesta sexta-feira (14) e representa um aumento de 455% no número de prisões em 2012, em comparação ao mesmo período do ano passado, de pessoas envolvidas nessa modalidade criminosa.
A delegada Maria Angelita, coordenadora da Seção de Combate a Roubo a Banco (Serb), departamento da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), apresentou, por meio de dados, que comprova o registro de 44 ocorrências (em 2011) e 63 (em 2012), sendo três delas não relacionadas como ORCRIM (Organização Criminosa), contra instituições financeiras.
Com estes números apresentados, a Polícia Civil demonstra que o crescimento total é de 43,18% em relação ao ano passado, um percentual totalmente diferente e inferior ao que foi publicado em dois veículos de comunicação, apresentando 148% de aumento, neste mesmo período.
“Não estamos dizendo que não houve um crescimento no número de assaltos a banco em Alagoas do ano passado pra cá, porém é preciso divulgar para a população números abalizados e verdadeiros”, explicou.
A delegada informou ainda que em 2012, 82 pessoas foram presas, até agora, em operações de combate a assaltos a banco, com a desarticulação de oito quadrilhas, realizadas após um vasto trabalho de inteligência, diligências e investigações locais, especificamente da Serb, e em parceria com polícias de estados vizinhos, a exemplo das operações “TNT”, “Plagiato” e “Velho Chico”.
Ana Luiza Nogueira, diretora da Deic, disse que o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) apontou Alagoas como sendo um dos Estados com baixo percentual de ataque às instituições financeiras, em reunião recente do Consene (Conselho de Segurança Pública do Nordeste).
“Apesar de ter aumentado o número de ocorrências, também aumentamos a quantidade de pessoas presas por cometerem este tipo de crime. A determinação do delegado-geral, Paulo Cerqueira, é de manter intensificado o combate a esta prática criminosa”, concluiu a delegada Maria Angelita.