O assassinato do professor universitário José da Luz Neiva, 57, completou oito meses e colegas e familiares cobram a prisão do homem que é apontado como assassino. O inquérito policial passou pela mão de vários delegados e até o momento nenhum suspeito foi preso. Neiva foi encontrado morto no quarto de um motel localizado na parte alta de Maceió.

A princípio, acreditava-se que ele tinha sofrido um ataque fulminante, mas o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que ele foi morto por asfixia. O diretor do Sindicato dos Professores de Escolas Particulares do Estado de Alagoas (Sinpro), Eduardo Vasconcelos, lamentou a paralisação do inquérito e cobra uma resposta rápida das autoridades para o caso.

“Não entendemos a demora em prender esse homem que é acusado de assassinar o nosso companheiro. No inquérito, há relatos de testemunhas e fotos que mostram o suspeito saindo do motel. Há todo um conjunto probatório muito forte e algo precisa ser feito. Por ora, a Polícia Civil está sendo omissa”, criticou Vasconcelos.

O diretor do Sinpro lembrou ainda que uma foto do suspeito foi encontrada no computador da vítima. “Desde março, estamos tentando encontrar uma solução para o caso. Os delegados que passaram por lá disseram que iam elucidar o assassinato, mas nada acontece. Espero que o suspeito não tenha cansado de esperar e ainda continue em Maceió à espera das autoridades. É o que nos resta acreditar”, lamentou.

O sindicalista chamou atenção para outros casos semelhante ao do professor universitário. “Quantos assassinatos dormem nas gavetas das delegacias? Quem sabe? Só o governo e o plano de segurança. É imperativo que as propagandas da segurança pública em nosso estado sejam verdadeiras. Essa realidade precisa mudar. São vários Neivas à espera de Justiça”, colocou.

José da Luz Neiva lecionava Administração nos cursos de Economia e Ciências Contábeis no Centro de Ensino Superior de Maceió (Cesmac). O professor foi visto pela última vez deixando o prédio da faculdade na noite anterior ao desaparecimento. O delegado responsável pelo caso, Arnaldo Soares de Carvalho, Informou que por determinação da direção geral da Polícia Civil as investigações serão realizadas, agora, pela Deic.