E que puxada de tapete, hein?

16/10/2012 07:48 - Raízes da África
Por Arisia Barros


Alagoas já foi estado referencial e trilhou caminhos mais auspiciosos para que o racismo não assumisse essa musculatura que hoje tem.
O racismo em Alagoas é másculo e crescente.
Alagoas em gestões passadas já possuiu órgãos que encorparam caminhos e a capacidade de dialogar com outros segmentos sociais, principalmente as escolas e possuía dinamismo, ação e trabalho, mas, como nenhum governo admite disputas territoriais, num moto contínuo de violência institucional os órgãos foram extintos, com a conivência pacífica e cabisbaixa do movimento negro alagoano.
Há um cenário inóspito para a implementação das Leis para a Promoção da Igualdade Racial em Alagoas. Fato extremamente preocupante, porque esse mesmo estado, que não faz a releitura do racismo institucional, fará a interpretação do Plano de Prevenção à Violência Contra a Juventude Negra, intitulado Juventude Viva para tantos e milhares de jovens.
Cargos comissionados são cargos comissionados, mas, é imprescindível a ocupação dos mesmos, por profissionais habilitados, com o necessário conhecimento de Leis, caminhos e competência, como fatores imprescindíveis, além do QI.
Hoje, alguns pálidos e embranquecidos braços pretos, em Alagoas agitam bandeiras e vestem cores partidárias da burguesia local.
Passada as eleições a paga chegou: o acordo para assumir cargo comissionado foi honrado. Afinal como diz a máxima: É dando que se recebe né, mesmo que para isso muitos deem uma cusparada gigantesca no prato de comeu. E que puxada de tapete, hein?
É a autofagia do movimento negro em Alagoas, em nome do poder.
A causa negra? Ora, pois, pois...
Durma-se com uma zoada dessas!

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