Há 48 dias, familiares do empresário Sérgio Falcão, encontrado morto no apartamento dele em Recife, aguardam uma definição sobre o caso. Duas linhas de investigação são apuradas pela Polícia Civil de Pernambuco: suicídio ou homicídio.
De acordo com assessoria de imprensa da Polícia Civil de Pernambuco, as investigações ainda não foram concluídas devido à demora da conclusão de laudos periciais dos Institutos Médico Legal e de Criminalística. “A delegada Vilaneida Aguiar ainda aguarda os resultados. A conclusão do inquérito policial terá com base todos os laudos solicitados”, explicou a assessoria.
A família do empresário aponta o ex-segurança de Falcão, Jailson Melo, como responsável pelo homicídio. Melo,que é sargento reformado da PM, nega a autoria do crime e sustenta que Falcão cometeu suicido.
Em imagens do circuito interno do edifício, o militar é visto saindo do local bastante nervoso e guardando uma pistola na cintura. Ele se apresentou à polícia no dia 03 de setembro e, em depoimento, contou sua versão sobre o caso. Segundo o sargento, Sérgio Falcão pediu que ele fosse trabalhar armado. Chegando ao andar do apartamento do empresário, o segurança teria estranhado ao encontrar a porta entreaberta.
Falcão teria aproveitado um momento de distração pego a arma e cometido o suicídio na frente de Melo. Bastante nervoso com a cena, o militar reformado recolheu a arma e deixou o imóvel do empresário. A vítima enfrentava problemas financeiros com sua construtora e por isso vinha sofrendo com uma crise depressiva. A família do empresário descarta a possibilidade de suicídio e acredita que a morte esteja relacionada com questões financeiras.
Há quatro anos, Falcão vivia uma crise nos negócios, quando seu pai, fundador da construtora, morreu - a empresa estaria com 14 prédios em construção com obras praticamente paralisadas, sendo dois no Recife e 12 em Maceió (AL). Nos últimos meses, o empresário vivia uma depressão profunda, acentuada pelo fim do relacionamento com sua ex-esposa, com que tinha um filho de apenas 4 anos. Há dois meses, quando a mulher deixou a casa onde morava com Sérgio, ele não via a criança.