Conseg quer médicos da PM e dos Bombeiros atuando no IML

24/09/2012 09:05 - Polícia
Por Redação
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A paralisação dos médicos legistas no Instituto Médico Legal (IML) foi o principal tema de discussão durante a sessão do Conselho Estadual de Segurança Pública de Alagoas (Conseg), na manhã desta segunda-feira (24). No primeiro momento, o colegiado apontou soluções imediatas para tentar resolver o caos que está instalado no IML desde a última sexta-feira (21).

Na sessão, os conselheiros decidiram oficiar a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) a solicitação para que os médicos da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros sejam colocados à disposição do IML para tentar amenizar os impactos da paralisação. Em caso de negativa, outra solicitação será oficializada a Secretaria de Estado de Saúde de Alagoas (Sesau) com o mesmo objetivo.

Desde sexta-feira, Estado e o Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed) travam um guerra por meio dos veículos de imprensa. Enquanto isso, através de uma liminar pleiteada pela Procuradoria Geral do Estado (PGE), os corpos são enterrados sem necropsia. Não é a primeira vez que essa decisão é tomada. Em junho, quase 130 corpos foram enterrados sem laudo pericial.

Ainda na reunião, a maioria dos conselheiros se mostrou contrário a paralisação, no entanto, alertou para a necessidade de mudanças e, também, da melhoria estrutural do prédio. Durante todo final de semana, o juiz Maurício Brêda, representando o Conseg, foi a única autoridade que foi até o IML explicar a real situação as famílias.

No final de semana, diante do caos instalado, o presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Costa Filho, decretou a prisão do presidente do Sinmed, Wellington Galvão. Na decisão, o desembargador argumentou que há, na postura do sindicalista, flagrante de descumprimento de uma ordem judicial. O presidente do TJ faz referência à ilegalidade da paralisação, que foi decretada em junho.

Rebatendo, Galvão anuncia que a ‘única pessoa que deveria ser presa é o governador Teotonio Vilela Filho’. Segundo o presidente do Sinmed, ‘Téo o maior responsável pelo abandono do IML’.

Durante um evento oficial do Estado, na tarde deste sábado (22), o secretário de Defesa Social, Dário César, lamentou o sofrimento das famílias e classificou como falácias as solicitações dos legistas. “Nós colocamos à disposição da categoria, oferecemos uma bolsa no valor de R$ 2 mil, além de um reajuste em janeiro no valor de R$ 1mil. No entanto, eles não aceitaram. Essa postura de deixar os parentes ao descaso é totalmente inaceitável”, frisou.

Ainda segundo ele, esse apelo tem como objetivo a solução parcial do sofrimento das famílias. “O presidente do sindicato dos médicos se manifesta politicamente e, infelizmente, os médicos o seguem. Na liminar, solicitamos que as contas do sindicato sejam bloqueadas e os médicos respondam individualmente. A greve,como todos sabem, é ilegal e deve acabar imediatamente”, colocou. 

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