Apesar de diversas tentativas, o conselho tutelar da região do Tabuleiro dos Martins, em Maceió, não conseguiu realizar o exame de conjunção em duas vitimas de estupro devido à greve no Instituto Médico Legal (IML). Elas têm, respectivamente, 10 e 12 anos.

O conselheiro tutelar do Tabuleiro, Arildo Alves, lamentou a paralisação das atividades e espera que uma solução seja encontrada pelas autoridades. “É lamentável que as vítimas não consigam formalizar uma denúncia em decorrência da paralisação. Entendemos a necessidade da greve, mas do outro lado também há vítimas”, colocou Alves.

As meninas foram estupradas no último final de semana e mesmo com a dificuldade os conselheiros tentam encontrar uma solução para amenizar o sofrimento. “Rodamos toda cidade e não encontramos nenhum local para realizar o procedimento”, lamentou o conselheiro.

Desde sexta-feira (21), os médicos do IML decretaram greve por tempo indeterminado. No final de semana, 19 corpos ficaram a espera da liberação, no entanto, a medida só foi conseguida por meio de uma liminar concedida pelo presidente do Tribunal de Justiça, Sebastião Costa Filho, na manhã de domingo (23).