Arsal está liberando veículos irregulares para transporte complementar

22/09/2012 11:45 - Polícia
Por Redação
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Mesmo com a licitação do transporte complementar estar sob júdice no Estado, a Agência Reguladora de Serviços de Alagoas (Arsal) está enfaixando veículos que teriam supostamente passado pelo processo licitatório. Os beneficiários desta iniciativa da Arsal não circulavam anteriormente, o que caracteriza irregularidade ao edital e também um desrespeito a quem já se encontra rodando no sistema independente de ter participado, ou não, da licitação. Isso porque não houve homologação final do processo.

A denúncia está sendo feita pelo Sindicato dos Transportadores Complementares do Estado de Alagoas (Sintraconal) e pela Coopervan. No entendimento das lideranças da categoria, essa iniciativa irregular da Arsal pode gerar confrontos em algumas linhas, como por exemplo, a que percorre as cidades de Rio Largo a Maceió.

De acordo com as entidades, a Arsal está liberando o adesivamento de veículos de forma irregular. Na última sexta-feira (21) houve enfaixamento de carros numa gráfica localizada em Maceió. A empresa é uma das autorizadas pela agência para efetuar o serviço. Somente após a colocação das faixas, os veículos podem efetuar o transporte complementar de passageiros pelas rodovias alagoanas.

Segundo o presidente da Coopervan, Marcondes Prudente, o objetivo da Arsal é, por mais uma vez, prejudicar os motoristas ligados à Coopervan. “Nossos 700 cooperados foram impedidos de participar do processo licitatório de forma cooperada e ainda lutamos para participar da licitação como cooperativa, como vem acontecendo em todo o Brasil”, frisou Prudente.

“Não aceitamos que a Arsal continue cometendo erros grosseiros no transporte complementar de passageiros. A Coopervan continua acreditando no Governo do Estado, no diálogo com objetivo de esclarecer todo esse embate provocado pelas ações equivocadas da agência reguladora. Trata-se também de uma afronta ao Poder Judiciário alagoano que ainda não decidiu sobre a continuidade do edital”, disse.

A intenção da Arsal, de acordo com o presidente da Coopervan, é forçar que a Justiça mantenha o edital da forma como foi lançado. “Acreditamos que o edital não serviu para o Governo e muito menos para a população. Serviu apenas para beneficiar um grupo que cobrou cerca de R$ 400 para que os participantes da licitação fossem aprovados. E agora quem pagou quer ter o direito de rodar nas estradas, mesmo sem a Justiça ter tomado as decisões finais sobre o processo”, explicou Marcondes.

“A Arsal não pode passar por cima da Justiça. Existem muitas denúncias no Ministério Público envolvendo esse processo licitatório que começou errado e continua errado. Nós transportadores fomos enganados e quem pagou também foi enganado. Esperamos que o Governo do Estado apure essas denúncias e descubra quem está ficando com esse dinheiro. Ainda não entendemos porque a insistência em continuar com esse edital, ao invés de discutir com a categoria”, afirmou Prudente.

Ao contrário do que se pode pensar nenhum transportador foi prejudicado com a paralisação da licitação. “Todos continuam rodando normalmente e a população que utiliza o transporte complementar não foi prejudicada em nenhum momento. Prejudicado está quem foi aprovado numa licitação errada e que chegou, inclusive, a efetuar a compra antecipada de veículos, mesmo sem que houvesse a homologação do edital”, concluiu Marcondes Prudente
 

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