Dois homens armados numa moto executaram a tiros, por volta do meio dia desta quarta-feira (19), o ambulante Wilson Manoel Lima, 51 anos. A vítima estava sentada numa calçada a poucos metros de sua residência quando foi surpreendida pelos disparos e não teve chance de defesa.

O crime chamou a atenção pela ousadia, já que no momento da execução havia uma movimentação na Rua Abdon Monteiro, localizada no bairro do Poço, em Maceió. Segundo os levantamentos realizados por policiais militares do 1º Batalhão, os assassinos deixaram o veículo na esquina e seguiram a pé até a vítima.

Ao abordarem, começaram a atirar e Wilson Manoel foi atingindo fatalmente na cabeça, tendo morte instantânea. Após a execução, a dupla fugiu tomando destino ignorado. No local, os militares encontraram cápsulas de revólver 38, arma utilizada pelos criminosos para praticar o homicídio.

De acordo com o sargento Valmir, populares comentaram que a vítima tinha envolvimento com drogas e era acostumado a beber constantemente. “Ainda não dá para afirmar o motivo do crime. Vamos fazer ouvir as pessoas e os familiares para tentar saber o que aconteceu”, contou.

O genro da vítima, Carlos Alexandre, acompanhou a polícia e contou à reportagem do CadaMinuto que Wilson Manoel tinha problemas mentais. Durante anos, a vítima trabalhava como ambulante, comercializando caldo de cana em frente à Transpal.

Ele contou ainda que há quatro meses, o sogro sofreu um atentado em frente a casa que morava, mas conseguiu escapar. “Na época minha esposa, filhos e eu morávamos com ele. Meu sogro estava na porta de casa quando dois homens chegaram e começaram a atirar. Ele entrou correndo e o assassino atrás. Apesar de ter sido atingido, conseguiu escapar da morte”, relatou o parente.

Após o atentado, a vítima ficou internada num hospital psiquiátrico e voltou para casa há três meses. Desde então, o genro explica que a rotina havia mudado, já que ele sentia medo em ficar na rua e ser novamente alvo dos criminosos.

“Nunca soubemos do envolvimento dele em nada de errado, mas as pessoas falavam que ele vivia emprestando dinheiro e cobrava com juros. Não sabemos se há uma relação nisso, mas também não descartamos. Acredito que o assassinato foi praticado pela mesma dupla autora do atentado”, desabafou.

Os policiais militares acionaram o Instituto de Criminalística (IC) para realizar perícia no corpo, que em seguida será encaminhado ao Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML) para ser submetido à necropsia e liberado em seguida para sepultamento.

O caso será investigado pela Polícia Civil de Alagoas.