A polícia prendeu os quatro homens suspeitos de arrombarem um caixa eletrônico de um banco na Avenida Agamenon Magalhães, no Recife, na manhã de quarta-feira (12). Um dos suspeitos foi preso pouco após a ação e os outros três foram detidos no Aeroporto dos Guararapes, na fila para fazer check in em um voo para Curitiba. Todos os quatros são de Joinville (SC) e teriam confessado a participação na ação. Os detalhes foram passados na sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), nesta quinta-feira (13).
O mais novo dos suspeitos tem 18 anos, enquanto o mais velho tem 25 anos. "Eles estavam no Recife, desta vez, desde 25 de agosto. Eles têm um fluxo de viagens grande, é uma quadrilha especializada nesse tipo de arrombamento. Alguns deles falaram que participaram de outras ações, mas ainda estamos investigando", detalhou o delegado Mauro Cabral, da Delegacia de Roubos e Furtos.
A polícia investiga a participação da quadrilha em um arrombamento na mesma agência da Agamenon Magalhães no dia 26 de agosto, ação que foi registrada pelas câmeras de segurança do banco. "Depois dessa ação, eles teriam viajado para Maceió, voltado e viajado para Aracaju. Temos informações de que eles teriam também praticado arrombamentos nesses locais, mas ainda estamos investigando", afirma Cabral.
Os homens conseguiram levar o dinheiro,mas a polícia não informa a quantia, apenas que foi recuperada. Durante a ação, a quadrilha chegou a utilizar uma lona com a logomarca do banco para impedir a visualização do interior do estabelecimento, no bairro do Espinheiro. "Acreditamos que eles mandaram imprimir essa lona, não é do banco de fato. Esse modo de operação é uma característica deles, o que nos leva a acreditar que eles tinham envolvimento com outros arrombamentos", explica o delegado.
No local, foram encontrados um maçarico, cilindros de oxigênio e gás, isqueiro, uma alavanca e luvas – os ladrões chegaram a abrir um buraco de 25 x 50 cm no caixa. De acordo com informações da polícia, câmeras filmaram a ação. As imagens mostram que dois possíveis integrantes da quadrilha foram ao local por volta das 21h de terça-feira (11), com uma máquina que identifica o caixa que tem mais dinheiro.
Na quarta pela manhã, outros quatro suspeitos teriam voltado ao estabelecimento e pintaram três câmeras. O gestor de segurança do banco entrou em contato com o gestor do Depatri, delegado José Cláudio Nogueira, informando que poderia estar acontecendo uma ação no interior do banco. "Eu estava na academia, que é próxima à minha casa. Entrei em contato com o Ciods pelo caminho, peguei o carro e fui ao banco, onde constatei que ação estava acontecendo. Passei a transmitir informações para a Polícia Militar através do Ciods", conta Nogueira.
O delegado Mauro Cabral ressalta que a rápida prisão dos suspeitos se deu devido ao bom funcionamento dos equipamentos de segurança do banco. "Foi uma segurança eficaz e eficiente que permitiu que atuássemos e fizéssemos a prisão, além lógico da atuação dos policiais envolvidos, que mesmo sem serem da área, auxiliaram", afirma Cabral.
Com os suspeitos, a polícia encontrou também fotos de passeios pelo litoral pernambucano. "Eles nem sempre viajavam juntos, por vezes parte voltava para casa e outros iam para outro estado praticar furtos", diz o delegado.
Os quatro foram indiciados por furto qualificado e formação de quadrilha. Eles foram encaminhados para o Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, onde ficam à disposição da Justiça.