A morte do garoto Josué Silvestre da Silva, cinco anos, completou seis meses no último dia 06 e ainda não teve um desfecho. No entanto, há 20 dias uma nova pista pode levar a polícia a prender o homem responsável pelo brutal assassinato que chocou a população alagoana no início do ano. O principal suspeito do crime era o padrasto da criança, Sidney Ferreira da Silva, 23 anos.
Os agentes da Polícia Civil do 11º Distrito Policial investigam a ligação entre o abuso sexual sofrido por uma criança de apenas três anos e a morte de Josué. O caso recente aconteceu no conjunto Cidade Universitária, no bairro Tabuleiro do Martins, quando o menor, após ser abusado sexualmente, recebeu ameaças de morte do suspeito.
Segundo o Conselho Tutelar da região do Tabuleiro, Fernando Silva, o caso do assassinato de Josué tomou novos rumos quando o estuprador atacou essa criança. “Depois do crime, o menor relatou que recebeu ameaças do homem e que ele havia dito que caso não ficasse em silêncio sobre o que aconteceu ou contasse para a mãe, ele faria o mesmo que fez com Josué”.
O caso intrigou a polícia que já descarta a participação do padrasto na morte da criança e segue nas investigações. “A polícia ainda tenta chegar a esse homem e assim que isso ocorrer, a polícia deve solicitar à justiça a prisão preventiva e assim esclarecer tanto o recente abuso como a morte da criança ocorrida em março deste ano”. A polícia investiga ainda se existe ligação com outros casos de estupros ocorridos na região.
O brutal assassinato de Josué Silvestre chocou a população do bairro do Clima Bom, em Maceió. O garoto, acostumado a pedir esmolas nas proximidades de sua residência, foi visto pela última vez num domingo em frente à igreja do bairro. Apesar das buscas da família, o desaparecimento só teve fim no dia seguinte quando o corpo foi encontrado num terreno baldio por populares.
Josué Silvestre estava parcialmente nu, com a bermuda na altura dos joelhos, o que trouxe indícios de ter sofrido abuso sexual. Por cima das pernas, havia uma pedra praticamente do seu tamanho, objeto que o criminoso usou para matá-lo.
Uma semana após o crime, a polícia recebeu as imagens do circuito de segurança de um terreno da empresa Limpel, localizada nas proximidades de onde o corpo de Josué foi encontrado. O objetivo era ajudar na elucidação do caso, trazendo a imagem do assassino, o que não aconteceu. Na época do crime, o padrasto chegou a ser apontado como responsável pela morte de Josué.