Faltando exatamente um mês para as eleições, a greve na Polícia Federal deverá comprometer o trabalho da instituição nas eleições. Há 30 dias com as atividades paralisadas, agentes, escrivães e papiloscopistas da Polícia Federal garantem que somente voltarão às atividades normais quando as suas reivindicações forem atendidas.
“Sem acordo não vamos trabalhar nas eleições”, afirmou Tomé Cavalcanti, presidente do Sindicato dos Policiais Federais de Alagoas (Sinpofal).
O sindicalista colocou também que ainda não há previsão para que a greve termine. “A gente não quer prejudicar a população, mas precisamos de um posicionamento do Governo, o que não tem acontecido”, disse ele complementando que a categoria continua com o salário cortado, por conta das faltas ao trabalho.
Cavalcanti colocou que toda a movimentação feita pelo Sindicato em Alagoas é comunicada à Superintendência no estado. Ele disse ainda que a manutenção de 30% das atividades exigida por lei está sendo mantida.
Como a greve das categorias acontece em todo o Brasil, Felipe Correia, presidente da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal – regional Alagoas, disse que as superintendências regionais aguardam a orientação da Direção geral da PF caso a greve continue até 07 de outubro. Ele disse que a preocupação em Alagoas é redobrada, uma vez que o estado tem um histórico de crimes eleitorais.
“É bastante preocupante, já que a situação aqui é bastante complicada. A gente sabe que o pessoal está em greve por conta das reivindicações, mas estamos preocupados que a greve não termine antes das eleições. A paralisação já está prejudicando no trabalho pré-eleição”, colocou Correia.
Já para o juiz Ivan Brito, corregedor do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas, a expectativa é que os policiais retornem ao trabalho antes das eleições. Providências para caso isso não aconteça somente serão tomadas à medida que o pleito se aproxime.
“Estamos esperando que ele retorne. Certamente se isso perdurar, será dada prioridade aos casos de mais urgência. O TRE vai esperar para decidir o que fazer. O que vejo é que os grevistas estão jogando com o governo, quando dizem que não trabalham na eleição se a reivindicação não for atendida”, disse o juiz.