Reconstituição de morte de Falcão termina com cinco versões simuladas

04/09/2012 06:58 - Polícia
Por Redação
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A simulação da morte do dono da Construtora Falcão, Sérgio Falcão, terminou por volta das 17h30 desta segunda-feira (3). Com duração de aproximadamente três horas e participação de 14 pessoas envolvidas direta e indiretamente na morte, foram realizadas cinco versões do ocorrido: duas simularam um possível suicídio e três reproduziram um suposto homicídio.

Perito do IC, Jairon Lemos, revelou que a simulação foi "muito produtiva" e que o segurança Jailson Melo - principal suspeito no caso de assassinato - cooperou em todas as partes da reconstituição. Ele ainda destacou que a empregada doméstica do empresário confessou ter ouvido o disparo da arma no dia do crime, versão diferente do seu primeiro depoimento, quando afirmou que não ouviu o disparo.

Durante a reprodução, o segurança voltou a negar o crime e afirmou que o dono da Construtora Falcão cometeu suicídio. Na reconstituição, ele encenou sua chegada, tocando o interfone do edifício. Segundo o acusado, sempre que ia ao local, ele nunca estacionava a motocicleta dentro do prédio, mas por ordens de Sérgio e informado pelo porteiro, naquele dia ele entrou na garagem do 14 Bis com o veículo.

Os resultados dos testes de laboratório sobre a reconstituição devem sair de 15 a 20 dias, a partir de hoje, segundo o perito do IC, Sérgio Almeida.

Simulação

Cinco peritos criminais - sendo três do Instituto de Criminalística (IC) e dois do Instituto Tavares Buril (ITB) - a delegada responsável pelo caso, o gestor do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Casimiro Ulisses de Oliveira e Silva, dois auxiliares, a empregada da vítima, o porteiro do edifício 14 Bis, um entregador de água que compareceu ao apartamento antes do crime e um ator para representar a vítima simularam o crime.

Reunião da Cúpula

Delegados, peritos e gestores do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) reúnem-se nesta terça-feira para tentar montar o veradeiro quebra-cabeças para apontar se o empresáro Sérgio Falcão foi vítima de um sicuídio ou de homicídio.

O encontro acontece um dia depois que o principal suspeito, o sargento reformado da Polícia Militar Jailson Melo se apresentou à polícia e deu a sua versão sobre o crime. O segurança entregou a arma usada, prestou depoimento, participou de reprodução simulada e sustentou sua inocência, alegando que o empresário teria aproveitado um momento de distração, pego sua pistola calibre 380 e cometido suicídio no apartamento onde morava, na Avenida Boa Viagem, zona sul do Recife, na terça-feira passada.

Exames de perícia podem ajudar o trabalho da polícia, mas ainda não tiveram os resultados revelados. Peritos do Instituto de Criminalística do (IC) localizaram o projétil que transfixou o crânio do empresário de 52 anos. A bala estava alojada no teto de gesso de um cômodo anexo ao quarto, utilizado pela vítima como closet e escritório.

Já os policiais do Instituto Tavares Buril (ITB) conseguiram identificar a presença de seis impressões digitais que podem ser de diversas ou da mesma pessoa. As marcas dos dedos estavam na porta, parede e na pia do banheiro do apartamento, imóvel localizado na Avenida Boa Viagem.

O laudo do Instituto de Medicina Legal (IML) atestou que o proprietário da Construtora Falcão foi morto com um tiro disparado no céu da boca, que transfixou o crânio, saindo na parte superior da cabeça, na altura da nuca.

Fonte: Ne10 e Diário de Pernambuco

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