"Foi suicidio. Sou inocente. Nunca tive esse problema. Passei 39 anos na polícia. A justiça vai me dar razão", essas foram as primeiras palavras do sargento reformado da Polícia Militar Jailson Melo, à imprensa. O segurança, apontado como suspeito de envolvimeto na morte do empresário Sérgio Falcão, falou rapidamente no início da tarde de hoje ao chegar ao apartamento da vítima para participar da reprodução simulada do crime.

O policial chegou ao endereço, na Avenida Boa Viagem, zona sul do Recife, acompanhado por seus dois advogados: André Fonseca e Inaldo José Ferreira. Além dele, também participam da espécie de reconstituição a empregada doméstica do empresário e os dois porteiros que estavam de serviço no dia da morte, terça-feira passada.

Também estão no local o gestor do Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), Joselito Kerler do Amaral, a delegada responsável pelo caso Vilaneida Aguiar, peritos do Instituto de Criminalística (IC).

Ao chegar ao edifício 14 Bis, o policial terá de refazer todo o trajeto: interfonar para o apartamento do ex-patrão, guardar a moto na garagem do prédio, subir e descer do prédio.Esta manhã, os advogados disseram que após prestar depoimento no DHPP o sargento entregou a arma usada no crime, uma pistola calibre 380.

Ainda segundo os relatos do policial reformado, ao chegar ao edifício um dos porteiros teria interfornado e recebido o recado para que o segurança deixasse a moto na garagem e subisse ao apartamento, o que nunca havia feito antes.

Ao chegar no andar, o segurança teria estranhado ao encontrar a porta do apartamento entreaberta. Dentro do imóvel, o empresário teria pedido para que o segurança o ajudasse a escolher, pelo notebook, uma arma para ser comprada e, aproveitado um momento de distração, Sérgio Falcão teria pego a arma e cometido suicídio na sua frente.