Não sei a idade que Raquel tem. É muito jovem ainda, talvez entre 15 e 17 anos, talvez menos ou mais não sei, mas Raquel tem o olhar que encara desafios.
Faz parte de uma ONG que lida com mulheres no bairro do Tabuleiro, o nome da ONG escorregou pela memória e não lembro.
Vi Rachel sem saber que era Raquel em uma Sessão Especial da Câmara dos Vereadores, em Maceió, AL. Ela me olhou e sorriu. Sorri de volta.
Raquel é uma dessas meninas militantes engajadas nas lutas sociais.
Na Sessão Especial sobre Violência , dia 29 de agosto, com a participação do sociólogo Julio Jacobo, que é o coordenador do Mapas da Violência, ocorrida na Câmara dos Vereadores de Maceió fiz um depoimento na tribuna e quando saí Raquel me aponta um bloquinho e diz: - Gostei muito do que, e como a senhora falou. Pode me dá seus contatos?
Envaidecida (sou mortal) fiz as anotações solicitadas e convidei Raquel para o lançamento da Cartilha Omirá que aconteceria na Assembléia Legislativa, dia 31 de agosto, e ela feliz: - Eu vou. Só entra com esse convite é? Porque quero levar mais alguém.
E Raquel foi ao lançamento com outra jovem que administra a ONG que não lembro do nome.
A outra jovem fez uma fala na Tribuna na Sessão Pública de lançamento da Cartilha Omirá e pediu um olhar mais humanitário, dos políticos, para as ONGs , como também, a unidade de luta dos movimentos sociais.
Quer saber? Fico muito feliz com essas meninas meio Simone de Beauvoir. Me vejo um pouquinho nelas... Traçando caminhos...
E no lançamento da Cartilha, lá estava Raquel, sentada nas primeiras cadeiras com o olho iluminado de admiração. No final das atividades ela me chega, meio tímida, com a Cartilha Omirá e diz:- A senhora pode autografar para mim?
Autografei a Cartilha Omirá para Raquel. Fiquei feliz pelo olhar compromissado da juventude de Raquel.
Estamos plantando sementes.
Sei bem!

Raízes da África