Misses representantes de vários municípios do Estado do Rio Janeiro pararam o calçadão da Praia de Ipanema, na altura do Posto 9, no início da tarde deste sábado (1°). As jovens fizeram um protesto, por volta das 13h, contra a organização do Miss Rio de Janeiro deste ano. Segundo as jovens, faltou transparência na organização do evento. “Estamos aqui para que outras meninas não passem pelo que passamos. A gente não veio protestar o título, mas o cumprimento das regras contratuais”, afirmou a Miss Arraial do Cabo, Anna Carolina.
 

Na quinta-feira (30), as participantes do desfile informaram ao G1 que protestariam neste sábado contra o concurso. As meninas questionam a mudança de regulamento e a escolha dos jurados, o que, segundo elas, favoreceram a eleita Rayanne Morais. A organização, entretanto, negou as acusações.

Representantes de oito municípios se reuniram no local para questionar regras que, segundo elas, foram alteradas recentemente para privilegiar uma candidata. “Na véspera do concurso, percebemos o que estava acontecendo. Quando a Miss Paraty ficou com o segundo lugar, todas nós fomos abraçá-la. Ela era a colega que poderia chegar ao posto máximo. Esse segundo lugar valia para as participantes como primeiro, pois a faixa de Miss Rio já tinha dona antes mesmo da realização do concurso”, afirmou a jovem.

Segundo as jovens, o sentimento após o concurso foi de vergonha. “Pedi desculpas à minha torcida e aos meus familiares que foram até Volta Redonda ver aquela palhaçada. Não estamos aqui contestando a beleza da vencedora, mas os meios pelos quais ela chegou lá”, afirmou a Miss Campos, Juliana Pires.

Na tarde deste sábado, as jovens caminharam pelo calçadão e chamaram atenção dos banhistas e pedestres que circulavam pela orla. Elas ainda distribuíram um panfleto explicando as razões que as levaram a fazer o ato.

“Nós, misses estaduais, candidatas ao mesmo concurso em que Rayanne Morais, “noiva do Latino”, também gostaríamos de deixar nossa versão da história pra que todos os lados sejam expostos e a história seja bem mais completa. Somos Misses, somos mulheres, somos seres humanos acima de tudo. Então merecemos respeito de quem que que seja. Coisa que não passou perto de nós no último sábado, dia 25 de agosto de 2012”, diz o primeiro parágrafo do documento.

As jovens disseram que agora vão se concentrar no trabalho de reunir provas que comprovem possíveis irregularidades no concurso e que depois vão analisar que medidas podem ser tomadas.