Maravilhoso! Muito bom! Excelente!
Os adjetivos marcaram o encerramento das Conversas Nacionais Negras, que em sua terceira edição saíram de seu lugar de origem, os quilombos das Alagoas e subiram as montanhas das Minas Gerais.
O III Ciclo Nacional aconteceu de 22 a 24 de agosto, em Uberlândia, nas terras de Otelo, o grande Sebastião Bernardes de Souza Prata , nascido na cidade mineira em 18 de outubro de 1915 e morto em Paris, 26 de novembro de 1993.
A realização das Conversas Negras abriu o canal do diálogo entre as gentes das Alagoas, São Paulo, Ceará, das Minas Gerais ( Uberlândia, Divinopólis, Belo Horizonte e Ituitaba) do Espirito Santo, Piauí , Brasília, entre tantos.
Maria Catarina Vale, representante do movimento negro em Divinopolis Minas Gerais, afirma que :"A realização do III Ciclo Nacional de Conversas Negras foi importante e estratégico Estou emocionada e com expectativa que a partir deste encontro, a luta contra o racismo e implementação da Lei 10.639/03 terá um outro foco”.
Reunimos , durante três dias, em torno de 150 pessoas, que a partir dos subsídios estruturais, discutiram e propuseram estratégias para a afirmação das leis que estabelecem  a promoção da igualdade racial no Brasil.
Foram três dias regados à energia. Com a presença dos muitos perfis da afrobrasilidade: acadêmicos, estudantes, Secretarias de Educação, cultura, militantes dos movimentos sociais e religiosos afros, como Chief Ifábunmi Oláseun Awóreni ( Babá washington ty Sàngó), e dos alagbés da Egbé Ifá Ajebòwába, chefiada pelo Bàbálàwó.
E como revisita a historicidade  negra de Uberlândia esteve presente de corpo, alma e memóri,  a referência máxima do movimento negro na cidade, Conceição Leal.
Teve gente daqui e de acolá. Parlamentares, como o professor Neivaldo de Lima Virgilio e candidatos a sê-lo, como advogada Selma, com história política na construção da política negra de Uberlândia
Na noite do dia 22 de agosto, o mestre de cerimônia José Amaral Neto, da Jancom Comunicações, comandou a abertura oficial, no auditório Cicero Diniz na sede da Prefeitura Municipal, ao toque dos tambores dos Ilus, coordenado pelo Babá Washington ty Sàngó
Para o Projeto Raízes de Áfricas, idealizador, articulador e organizador da ação, realizar o III Ciclo , com o apoio de tantos e muitos, nas montanhas de Minas foi de um aprendizado infinito e a prova prática de que já estamos prontas para ganhar o mundo.
Sim, nós podemos!