Defesa Social investe em sistemas avançados de tecnologia na segurança pública

22/08/2012 01:13 - Polícia
Por Redação

Apostando na modernização tecnológica para a melhoria da segurança pública e o combate à criminalidade em Alagoas, a Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds) adquiriu equipamentos de identificação criminal por meio visual, de voz e impressões digitais de pessoas cadastradas. São quatro cadeiras, maleta e um sistema portátil, que vão auxiliar o trabalho da polícia na área de identificação criminal.

Os equipamentos foram instalados nas Centrais de Polícia de Maceió e Arapiraca, na Divisão Especial de Investigações e Capturas (Deic) e na Casa de Custódia da capital (Cadeião), porta de entrada do sistema prisional. A partir desta semana, haverá um treinamento para servidores que vão operar os equipamentos e também para profissionais de segurança.

Na terça-feira (21), no auditório da Seds, o consultor André Dahmer, delegado da Polícia Civil de São Paulo, fez uma apresentação dos equipamentos para uma plateia formada por gestores de segurança pública.

Além de dirigentes de órgãos da Defesa Social (Polícia Civil, Militar, Sistema Penitenciário e Perícia Oficial), participaram o secretário da Ciência, Tecnologia e Inovação, Eduardo Setton, e integrantes do Poder Judiciário.

“Com a aquisição dos novos equipamentos, avançaremos ainda mais no combate à criminalidade. Estamos mudando de fato uma página na história da segurança pública, realizando investimentos em novas tecnologias”, disse na abertura do evento o secretário Dário Cesar.

Foram investidos na aquisição do sistema de identificação criminal recursos próprios de R$ 1,5 milhão, sendo o projeto avalizado pela Secretaria de Ciência e Tecnologia. “Estamos presenciando uma virada de página, deixando a idade da pedra para adotar ferramentas tecnológicas na segurança pública”, ressaltou Eduardo Setton.

Com o uso de tecnologia avançada, o sistema de identificação criminal captura fotos de frente e perfil de uma pessoa num único fotograma, dados anagráficos e somáticos, impressões digitais e voz. As informações coletadas da pessoa identificada são enviadas a um sistema central para constituição do banco de dados.

Voz e impressão digital

Considerado um importante instrumento utilizado na investigação policial, o sistema permite registrar a voz da pessoa que está sendo submetida à identificação, quando ela ler ou repetir alguma frase predefinida por cerca de 30 segundos.

Com relação às impressões digitais, o sistema permite adquirir as digitais roladas e/ou palmares – por meio de tinta ou escaneada – para o envio ao bando de dados ou para o simples arquivamento em papel.

Na apresentação, o consultor André Dahmer defendeu o envolvimento dos profissionais de segurança no processo de modernização do sistema de identificação humana. “A participação dos policiais na gestão de projetos de tecnologia é fundamental para que se consigam bons resultados no combate à criminalidade e no aumento da sensação de segurança”, disse.

“O sistema de identificação criminal é mais uma ferramenta que vai proporcionar melhores condições para a polícia esclarecer um crime, minimizando a investigação sem critérios científicos. Com o uso da tecnologia, passaremos a produzir inquéritos com provas robustecidas”, afirmou o delegado geral da PC, Paulo Cerqueira.

Para o juiz Rodolfo Osório Gatto – que participou do evento junto com o juiz Maurício Brêda, da 17ª Vara Criminal –, a implantação do sistema de identificação humana “é uma ferramenta há tempo sonhada pelos magistrados que atuam na área criminal”. O juiz acrescentou que tanto a polícia quanto o Judiciário ganham melhores condições para o trabalho de investigação e julgamento de crimes.

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