Os militares envolvidos na polêmica liberação do carro da deputada estadual Thaíse Guedes tiveram as prisões determinadas após uma sindicância que apurou o fato. O coronel Paulo Amorim, chefe do gabinete militar da Assembleia Legislativa, teria ordenado que o tenente Afrânio Monteiro e o sargento José Roberto negociassem com os policiais que apreenderam o veículo para que o carro, que apresentava irregularidades na documentação, fosse liberado. Todos os policiais são lotados no gabinete militar da ALE.

De acordo com a assessoria de comunicação da Polícia Militar, o resultado da sindicância, produzida pelo coronel João Marinho, foi publicado ontem (01) no Boletim Geral Ostensivo da corporação. Os militares foram punidos por terem interferido na abordagem dos policiais do Batalhão de Trânsito (BpTran), que realizou a blitz.

A punição foi de 10 dias de detenção. O oronel e o tenente se apresentarão na Academia da PM, já o sargento cumprirá a prisão no Centro de Formação de Oficiais e Praças (Cefap).

O resultado da sindicância será encaminhado à Ordem dos Advogados do Brasil seccional Alagoas, Conselho Estadual de Segurança e Assembleia Legislativa.

A blitz

A blitz ocorreu no dia 03 de abril na Rua Hamilton de Barros Soutinho, no bairro da Jatiúca. A apreensão foi realizada por militares do BpTran. De acordo com os policiais da guarnição, o Sorrento preto, de placa NML-3181, de propriedade de Thaíse estava com atraso no pagamento do IPVA e do licenciamento.