O sêmen de Paulo Roberto da Silva Santos, 29 anos, é a prova material que a polícia tem contra o homem acusado de violentar uma estudante de 16 anos no mês de fevereiro deste ano. Além dela, outras quatro adolescentes o reconheceram como o autor dos crimes, que foi preso, na última segunda-feira (30), na residência de um parente no bairro do Graciliano Ramos, em Maceió.
O acusado foi apresentado à imprensa durante uma coletiva concedida pelos delegados Carlos Alberto Reis e Bárbara Arraes, da delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente. Ambos explicaram que contra Paulo Roberto existem cinco acusações de estupro e detalhes de como a polícia conseguiu chegar até o acusado.
Os crimes tinham sempre as mesmas características e eram praticados na região do Complexo do Benedito Bentes. Paulo Roberto atacava entre as 18h30 e 23h, usava capacete e, numa moto Honda, abordava as vítimas. Ele dizia não estar sozinho, que portava uma arma e as obrigava a subir no veículo seguindo com ele para um lugar ao esmo, onde era praticado o estupro.
Os atos poderiam ficar impunes, no entanto, um dos estupros, ocorrido no dia 06 de fevereiro deste ano, foi a chave para a polícia conseguir prender o homem que levou terror à vida das adolescentes. Neste caso específico – como houve penetração e ejaculação –, a jovem passou por exame onde foi recolhido material genético para análise, que foi guardado como prova para as investigações.
No dia do crime, Paulo Roberto ainda roubou o celular da vítima, que foi encontrado pela polícia com um primo. “Em depoimento, o primo alegou que Paulo Roberto pediu para que dissesse que a compra do aparelho foi efetuada na feira do rato”, explicou a delegada Bárbara Arraes.
Como o acusado negava a prática do estupro acabou sendo submetido a exames que comprovaram que o sêmen coletado era compatível com o seu. Com a prova, ele teve a prisão preventiva decretada e foi encontrado na casa de familiares onde foi detido sem reagir, apesar de alegar inocência.
Ainda de acordo com Bárbara Arraes, Paulo Roberto já tem passagem pela polícia por praticar atos libidinosos em via pública. O delegado Carlos Alberto Reis disse que a polícia está investigando outros casos de estupro e não descarta a participação de Paulo Roberto. “Outras pessoas que estão agindo em Maceió serão presas e isso é questão de tempo porque tudo está sendo investigado”.
Na Casa de Custódia, para onde foi levado e se encontra preso, outras quatros adolescentes o reconheceram como sendo o estuprador. Durante a coletiva de imprensa, Paulo Roberto foi apresentado e questionado sobre o crime, negou. “Não tenho nada a ver com isso. Deus é testemunha de minha inocência. Sou vítima disso tudo”, defendeu-se o acusado, que agora se encontra à disposição da justiça e irá responder pelo crime de estupro de vulnerável cuja pena pode chegar a quinze anos de prisão.