Tortura: agentes também são denunciados por peculato

28/07/2012 13:50 - Polícia
Por Redação
Image

A denúncia de tortura contra os delegados Paulo Cerqueira, diretor da Polícia Civil, e Ana Luiza Nogueira, e mais nove agentes da PC inclui ainda a acusação de peculato. De acordo com o juiz Hélder Loureiro, que responde atualmente pela 2ª Vara Criminal, para onde o Ministério Público enviou as informações, pesa ainda sobre alguns dos policiais citados a acusação de peculato.

O magistrado explicou que Lilian Kelly Alves de Lima, uma das denunciantes, relatou a promotores que os agentes Laércio dos Santos, Antônio Marcos de Lima e Alexandre Simões teriam subtraído dinheiro e alguns objetos da residência dela. Com base no depoimento de Lilian Kelly e outros indícios, Loureiro notificou os policiais por peculato. Esse tipo de crime se configura quando agentes públicos, no exercício da função, se apropriam de dinheiro ou bem que deveriam estar sob guarda pública.

“Na denúncia, consta que os agentes entraram na casa em busca de Lilian Kelly e, segundo ela, levaram R$ 60 , uma câmera fotográfica e um notebook, além de terem quebrado algumas coisas na residência. Esse material deveria ser apreendido, mas segundo a denunciante ficou com os policiais”, afirmou o juiz. Nesse fato não estão incluídos os nomes de Cerqueira, Ana Luiza, nem os outros agentes.

A denúncia

Cerqueira, Ana Luiza e nove policiais civis são acusados de tortura durante as investigações da tentativa de assalto a uma agência da Caixa, que resultou na morte do agente da PC Anderson Lima e de um vigilante. A denúncia foi ofertada pelo Ministério Público.

Na última sexta-feira (27), o governador Teotonio Vilela Filho saiu em defesa do diretor da Polícia Civil e garantiu ter “plena confiança” no delegado.
 

Comentários

Os comentários são de inteira responsabilidade dos autores, não representando em qualquer instância a opinião do Cada Minuto ou de seus colaboradores. Para maiores informações, leia nossa política de privacidade.

Carregando..