O Diário Oficial do Estado de Alagoas traz, na edição desta quarta-feira (11), a nomeação do ex-diretor da Polícia Civil, José Edson de Freitas, para o cargo de corregedor geral da instituição. A mudança na direção da PC pegou a todos de surpresa há pouco mais de duas semanas, já que o delegado fazia parte do ‘novo momento’ da polícia judiciária.

Além de José Edson, o ex-diretor adjunto, Mário Jorge, também irá compor os quadros do órgão, como membro corregedor. A sua nomeação também foi publicada no Diário. Em nome do ‘poder de agregação maior’, o secretário de Defesa Social de Alagoas, Dário César, resolveu, segundo ele, mudar a direção da PC, bem como, o comando da Polícia Militar, colocando o Coronel Dimas Holanda no maior posto da corporação.

A saída de José Edson trouxe uma grande preocupação para o estado. Diversas vezes ameaçado por telefone devido seu trabalho no comando da instituição, o delegado poderia ser presa fácil de alguns criminosos. Quem alertou para o fato foi o juiz Maurício Brêda que, no começo do mês, participou de uma na reunião do Conselho de Segurança (Conseg).

Na oportunidade, o magistrado conversou com os outros membros do Conseg e ressaltou a importância do estado em não abandonar as autoridades que, segundo ele, de forma brilhante contribuíram para o trabalho da polícia investigativa em Alagoas. “Não sou procurador, nem amigo de José Edson, mas ele fez um excelente trabalho. Enfrentou bandidos, políticos e essa turma está envolvida com o crime. Fui procurado pelo delegado algumas vezes que relatou receber ameaças por telefone. De forma anônima, as pessoas ligavam e diziam que ele pagaria o que estava fazendo”, lembrou Brêda.

A frente da PC, José Edson fez um trabalho semelhante ao desenvolvido pelo antigo diretor, Marcílio Barenco, como ressaltou o juiz, numa era classificada como ‘da mudança’. “Barenco hoje vive protegido por estar fora de Alagoas, assim como o delegado Rubiale. É normal que haja esse ‘abandono’ do estado, mas a preocupação, em especial com José Edson, é justificada pelo cargo que ele exerceu”, disse.