O parecer do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos (Ibama) que vetou a construção do estaleiro Eisa na cidade de Coruripe - orçado em mais de R$ 1 bilhão – ainda não foi digerido pela população local. É o que garante o deputado estadual João Beltrão (PRTB) que concedeu entrevista ao radialista França Moura, na manhã desta quarta-feira (4), no Programa Cidadania.
De acordo com o parlamentar, é visível a atuação de uma força contrária que trabalha em desfavor do desenvolvimento da cidade de Coruripe e, portanto, do estado de Alagoas. “Já comuniquei ao governador Teotônio Vilela que estou à disposição de montar uma equipe para invadir Brasília e solicitar a construção do estaleiro. É lamentável que essas forças tirem o desenvolvimento da nossa região”, alertou.
Beltrão informou que várias empresas se instalaram na cidade de Coruripe na esperança da construção do empreendimento de R$ 1 bilhão e 400 milhões no litoral alagoano. “Vocês não têm noção do salto econômico que nosso estado daria. Agora, a população teve seu grande sonho prejudicado, mas garanto que não vamos aceitar a derrota”, prometeu.
O deputado criticou também a posição do Ministério Público Federal que constatou, por meio de um parecer, a incapacidade do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) em conceder a licença necessária para construção do estaleiro. “O MPF deveria ficar calado. Quem manda nessa situação são os juízes e/ou desembargadores”, ponderou.
Ainda na entrevista, João Beltrão fez questão de ressaltar que a bancada federal está à disposição para resolver o impasse com o Ibama. “Vocês sabem que não preciso bajular ninguém, mas é preciso destacar uma verdade: os senadores Renan Calheiros e Fernando Collor trabalharam a favor dos alagoanos. Essas histórias que dizem por aí não são verdades”, pontuou, em referência as possíveis forças políticas alagoanas que estariam contrárias ao Eisa.
Convocação da ministra
Na manhã desta quarta-feira (4), o deputado Federal Maurício Quintella (PR) informou, por meio da rede social twitter, que a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, deverá ser convocada para dar explicações técnicas sobre o veto. "Parecer que vetou Eisa não tem sustentação técnica", colocou Quintella na semana passada em entrevista à imprensa.