Roberto é o nome do motorista que Marcílio Barenco, gestor em Minas Gerais, disponibilizou para nos recepcionar, a mim e a assessora do Projeto Raízes de Áfricas, Isadora Aguiar, na manhã do dia 15 de junho, no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, localizado no município de Confins que fica a 38 km do centro de Belo Horizonte.
Fomos a Belo Horizonte participar da 1ª reunião preparatória do III Ciclo Nacional de Conversas Negras: Agosto Negro Ou o Que a História Oficial Ainda Não Conta’, que em sua terceira edição acontecerá, no próximo mês de agosto, em Minas Gerais.
O Ciclo Nacional é projeto idealizado pelo Projeto Raízes de Áfricas, representação do movimento social negro, em Alagoas.
Quando desembarcamos Roberto estava lá gentil e paciente. Ao longo do caminho ( cerca de 30 minutos) incorporou o personagem do simpático guia turístico que por entre trilhas e caminhos do conhecimento local , mapeou os pontos altos para visitação da cidade. Foi a partir das informações do Roberto que “conhecemos” uma das mais ousadas obras arquitetônicas do arquiteto Oscar Niemeyer.
É um moderno conjunto de prédios, em forma de um triângulo com 150 metros e cinco andares, pendurado entre quatro colunas e localizado às margens da MG-010, no Bairro Serra Verde, que abriga o coração administrativo do Governo: o Palácio do Governador, todas as secretarias de Estado e órgãos da administração direta e indireta, além de uma área de conveniência.
Recebe o nome de Centro Administrativa Presidente Tancredo Neves que possui o maior vão livre , com 150 metros de comprimento, já construído ao redor do mundo.
Muitas outras paisagens foram descortinadas pelo olho cíclico de Roberto no querer compor um mosaico de imagens de Minas, cortado em tiras, cores e muitas, muitas histórias.
Roberto faz parte de um território de afetos e continuidade de parceria, estabelecida faz tempo, com Marcílio Barenco, desde que esteve nas terras de Zumbi assumindo cargos estatais.
Parceria que rima com responsabilidade social.
Marcílio Barenco é um gestor que se revela bom interprete das velhas canções ancestrais, quando busca querer incorporar o aprendizado que reavalia valores conceitos relativos a “miscigenação” brasileira.
São muitos rascunhos, ainda, a serem escritos, entretanto quando estabelecemos um refinado diálogo com os espaços de poder, o futuro não parece tão longe.
Na viagem de retorno para o aeroporto, em 17 de junho, Roberto nos deixou emocionada ao afirmar: "Entrei lá no blog da senhora e gostei. Um trabalho muito importante! E muitíssimo cavalheiro, ainda acrescentou: 'Espero que na próxima vez, seja eu a pessoa encarregada de acompanhá-las".
Obrigada, Roberto!
Obrigada, Marcilio Barenco!