Enquanto dados do Instituto de Segurança Pública demonstram uma queda histórica de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) no Estado do Rio de Janeiro, a região do 41º Batalhão de Polícia Militar (Irajá) anda na contramão. Em nível estadual, a queda foi de 24 casos - 344 homicídios dolosos entre janeiro e maio de 2012 contra 368 no mesmo período de 2011. Já a Área Integrada de Segurança Pública nº 41, teve um aumento de oito homicídios intencionais - 66, em 2011, para 74, em 2012.
A região já foi palco de diversas mortes de inocentes, como o caso de Rosiléia de Oliveira da Silva, 19 anos, assassinada na última terça-feira com a filha de 1 ano nos braços, no morro do Chapadão, em Costa Barros (Zona Norte do Rio). Outro caso foi o de um menino de 6 anos que brincava na porta de casa, em novembro do ano passado, quando foi atingido por bala perdida, na mesma comunidade.
O mesmo aconteceu com as tentativas de homicídios (de 59 para 80) e lesões corporais dolosas (de 861 para 879). Na região que engloba bairros como Pavuna, Irajá, Costa Barros e outros, o crime que apresentou maior crescimento de registros foi o de estupro, que saltou de 27, no primeiro trimestre de 2011, para 51 casos, no mesmo período de 2012. O único crime violento a apresentar queda naquela região foi o latrocínio (roubo seguido de morte). De um caso, em 2011, para nenhum, neste ano.
O subsecretário de Inteligência da secretaria de Segurança Pública do Rio, Fábio Galvão, admite que aquela área é "crítica". Questionado sobre a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na região, ele não definiu uma data, mas também não extinguiu a possibilidade.
"Há um cronograma de instalação de UPPs que não podemos divulgar. Sem dúvida alguma. Aquela é uma área da cidade muito crítica. Temos ali o Complexo de Favelas da Pedreira, por exemplo, que merece atenção. Estamos trabalhando com inteligência para combater o crime naquela e em outras áreas da cidade. A possibilidade de uma UPP ali existe, mas não posso divulgar nada agora."
UPPs
A região da cidade que tem o maior número de Unidades de Polícia Pacificadora é a zona norte. São, por enquanto, três no Complexo do Alemão, quatro na Tijuca, uma em Vila Isabel (morro dos Macacos), e outras duas, sendo uma na Mangueira e outra no Engenho Novo (morro do São João).
Na zona sul, onde o projeto começou, são cinco unidades já instaladas. O número cai para quatro na região central da cidade (instaladas para atender os morros da Coroa, Fallet, Fogueteiro, Escondidinho, Prazeres, São Carlos e Providência). Na zona oeste o número cai para apenas duas bases (na favela do Batan, em Realengo, e na Cidade de Deus, em Jacarepaguá).

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