Aluna do Centro Universitário CESMAC é relatora de reunião,em Belo Horizonte.

26/06/2012 05:46 - Raízes da África
Por Arísia Barros

Isadora Aguiar , aluna do curso de História do Centro Universitário CESMAC,Maceió,AL participou do X Ígbà-Seminário de Conversas Afro-Internacionais:“Im/Ex-pressão Afrodescendente nas Américas” e segundo ela: A ação empreendedora do Projeto Raízes de Áfricas tem me trazido um grande aprendizado para toda vida., como também subsídios importantes para meu curso”.
Atualmente, Isadora Aguiar é uma diligente colaboradora voluntária do Projeto Raízes de Áfricas e como tal participou, como relatora e fotógrafa, da 1ª reunião preparatória para realização do III Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o Que a Historia Oficial Ainda Não Contou”, em Belo Horizonte, dia 15 de junho.
Isadora Aguiar registrou os pontos principais que se transformou na minuta abaixo:

 

A 1ª reunião preparatória para realização do III Ciclo Nacional de Conversas Negras: “Agosto Negro ou o Que a Historia Oficial Ainda Não Contou”, em Belo Horizonte - surgiu de um convite da jornalista Mônica Aguiar ao Projeto Raízes de Áfricas, Al- quando de sua participação no XI Ígbà- Seminário Afro-Alagoano: “O Estatuto da Igualdade Racial e as Possibilidades para o Exercício Legal das Políticas de Promoção para a Igualdade Racial, no Brasil”, ocorrido de 15 a 17 de maio, em Maceió, AL.
A reunião foi iniciada as 15h30 do dia 15 de junho, em sala disponibilizada pela União Geral dos Trabalhadores de Belo Horizonte e contou com participação de diversas representações negras, governamental e não-governamental.
Na abertura a Sra. Mônica Aguiar, coordenadora geral do Centro de Referência da Cultura da Mulher Negra de MG e do Centro de Referência da Cultura Negra de Venda Nova, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores/MG fez a apresentação da convidada, a coordenadora do Projeto Raízes de Áfricas, em Maceió,AL e idealizadora do III Ciclo, professora Arísia Barros e após facultou a palavra para uma rodada de apresentações.
Encerrada a fase do reconhecimento das instituições ali representadas, a professora Arísia Barros fez a leitura do Projeto Ciclo Nacional de Conversas Negras, ressaltando a parceria efetiva e eficiente do Ministério de Educação (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI, parceiro a 8 anos) Subprocuradoria-geral do Ministério Público de Contas do Estado de Minas Gerais, Fundação Cultural Palmares, Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, Federação das Industrias do Estado de Alagoas, Secretaria de Estado da Mulher, da Cidadania e dos Direitos Humanos, AL, dentre outros, e pontuou a proposta para realização do Ciclo em Belo Horizonte, enfatizando da necessária e imprescindível interlocução com a vivência, realizações e articulação dos muitos movimentos em Minas Gerais.
Encerrada a apresentação do Projeto os presentes fizeram suas perguntas e considerações: Patrícia Santana representando o Fórum de Educação e Diversidade Étnicorracial de Minas Gerais e Secretaria Municipal de Educação perguntou se havia financiamento para a realização do Ciclo em terras mineiras.
A professora Arísia Barros respondeu que o Projeto Raízes de Áfricas trabalha com uma fórmula diferenciada de apoios que funciona assim: O projeto é apresentando globalmente a empresa e solicitado apoio a um dos itens do orçamento. Geralmente o apoio surge em forma de serviços.
Patrícia Santana se colocou a disposição, como representante da Secretária Municipal de Educação para a realização de oficinas.
Andréia Martins da Cunha da Secretaria de Estado da Educação de Minas Gerais enfatizou da necessidade da oficialização junto a pasta da educação solicitando o apoio institucional, mas, garantiu o apoio com a participação dos professores, acrescentando que o estado conta com 4 mil escolas e mais de 800 municípios.
Assumindo a palavra, Valeria Regina da Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial de Belo Horizonte trouxe como proposta solicitar o apoio a CPIR/BH através da disponibilidade de transporte para translado e também propôs um diálogo social com os ícones negros do estado, buscando visibilizar, afirmativamente, a historia de Minas na luta ao combate de desigualdade racial.
Natalício de Jesus, presidente regional do Partido dos Trabalhadores- Centro-SUL/Minas Gerais, propôs a participação do congado e representações da religiosidade. Segundo ele: “como em Belo Horizonte só existe um terreiro”, é preciso ações estratégicas para a preservação, portanto é preciso convidá-los para o crescimento do projeto e a valorização da própria comunidade.
Eugenio Pacelli do Partido dos Trabalhadores de Pompéia-MG pergunta se projeto será convergente e ao mesmo tempo propõe o resgate da cultura mineira a partir de um diálogo mais acurado com os municípios enfatizando os valores de cada um.
Foi aventada a possibilidade de após a realização do III Ciclo a disseminação do tema através de encontros regionais, visando a descentralização , como também a escuta das políticas públicas para igualdade racial nas regiões do estado.
Ficou acordado a criação de carta-convite para a devida divulgação em todas as regiões mineiras (secretarias de cultura) e estados da federação.
Outras propostas elencadas para o III Ciclo, como parte integrante da programação:
*Encontro da juventude;
*Ciclo de cinema;
*Painel das regiões, mostrando a historia negra de cada uma delas, é como é trabalhada a questão. E também trabalhar com os quilombos rurais e urbanos.
*Mobilizar professores municipais que trabalham com a lei 10.639/03;
*Mobilizar a Federação Mineira dos Quilombolas (há 486 comunidades quilombolas)
Durante a reunião algumas deliberações foram acordadas:
* O ônus com deslocamentos passagens, hospedagens e alimentação será de responsabilidade de cada estado participante;
*O projeto Raízes de Áfricas formalizará o projeto para as instituições
*Valerá afirmou a necessidade de envolver a Frente Parlamentar da Assembleia.
Mônica Aguiar mostrou sua preocupação em garantir a efetiva participação dos quilombolas e afirmou do envolvimento de entidades, dentre elas a UGT para tal fim, dizendo também que já teria como possibilitar ônibus para o translado e a hospedagem dos quilombolas no Sindicato. Também aventou o SESC, como espaço para realização do III Ciclo.
Como também ressaltou que diversas representações não estavam presentes, mas se dispuseram a contribuir com o processo, citando contatos mantidos, dentre eles com o Senador Paulo Paim, a médica e escritora Fátima Oliveira, Edna Roland, relatora da III Conferência Mundial contra o Racismo, a Xenofobia e a Intolerância Correlatas,S.P, Kabengele Munanga, professor da Universidade de São Paulo, estudioso do racismo, imigrante africano, dentre outros.
Antes de encerrar o presidente em exercício da UGT/MG, Wagner Francisco Alves Pereira, fez uma saudação aos presentes, colocando-se a disposição e destacou que:
“Em Minas há mais de 20 milhões de trabalhadores. As conquistas sociais, centrais sindicais, hoje ocupa espaço democrático e agrega vários movimentos sociais. Estamos rompendo barreiras no trabalho da igualdade social, como representação de instituições sérias e comprometidas com o Brasil.”
Considerando a necessidade da criação de mecanismos e estratégia para a continuidade do projeto ficou deliberado uma segunda reunião a ser articulada com os representantes de Minas Gerais , para definição dos próximos passos a serem dados, como também a formação da Comissão Executiva de Trabalho.
Participaram da reunião José Antonio Firme, vice-coordenador do Fórum Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CFIPIR) ,Coordenador de Políticas de Promoção Racial do município de Formiga,MG; Valéria Regina da Coordenadoria Municipal da Promoção da Igualdade Racial, Natalício de Jesus do Conselho Estadual de Saúde e presidente regional do PT/Centro/Sul; Marlucia Patrocínia Silva, vice presidente da Igualdade Racial do município de Pompéu,MG; Patrícia Santana da Secretaria Municipal de Educação de BH e representante do Fórum Permanente de Educação Etnicorracial; Andréia Martins da Cunha da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais; Aída Anacleta Vereadora em Mariana e assessores: Rogéria Trindade, Maxwel Costa Caetano, Eugênio Pacelli do Partido dos Trabalhadores do município de Pompéu,MG, como também Leonário Rosa da Silva Felix e Armando Dutra e demais lideranças.
O jornalista Rogério Reis (Roger Guerreiro) da UGT/MG fez toda cobertura jornalística e fotográfica da reunião.
Sem mais,

 

Belo Horizonte, 15 de junho de 2012


Isadora Aguiar, Relatora.
Colaboradora voluntária do Projeto Raízes de Áfricas
Estudante do Curso de História do Centro Universitário CESMAC, Maceió,AL
 

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