Amigos conhecem esposas em festa junina de Amargosa, na Bahia

23/06/2012 23:25 - Brasil/Mundo
Por Redação

O santo pode não ser conhecido como casamenteiro, mas a festa de São João já protagonizou o início de muitos relacionamentos que resultaram em matrimônio. “Faço casamentos há 14 anos e o número de casais que se conhecem no São João é muito grande. A festa celebra o nascimento do santo, cujos pais tinham idade avançada e por isso não conseguiam ter filhos. São João nasceu como um milagre, talvez por isso venha intercedendo para a formação de novas famílias“, observa o padre Paulo César Pitombo.

As histórias dos casais Thiago e Danielle e Marcelo e Ana Paula começaram em 2006, quando se conheceram em uma excursão que saía de Salvador com destino a Amargosa, cidade do interior da Bahia que realiza uma das festas juninas mais tradicionais e badaladas do estado.

O arquiteto de 31 anos e mais cinco amigos, entre eles o administrador de empresas Marcelo Torres, 34, se reuniram para curtir juntos o que passaram a chamar de “São João Mágico”. “Todo mundo já falava que aquele São João seria mágico por conta da farra. Era um grupo de amigos grande, éramos seis amigos, e só aconteceu dessa vez de estar todo mundo junto, sem preocupação, sem compromisso”, conta Thiago.

“Amor a primeira vista”, assim o arquiteto define o que sentiu quando avistou a consultora comercial de 26 anos pela primeira vez. “Costumo dizer que ela me chamou a atenção desde o primeiro momento que a vi, porém não mantivemos contato”, relata Thiago. No mesmo dia em que chegaram à cidade de destino, o arquiteto partiu em busca de conquistar Danielle.

Após convidá-la para uma dança, em um forró na praça da cidade, aconteceu o primeiro beijo. “Peguei na sua mão e a levei para a frente do palco, longe de todos, onde, após certa insistência, ao som de 'encosta n'eu, dá um beijo n'eu' rolou o nosso primeiro - longo - beijo. E daí em diante não desgrudamos mais”, conta Thiago. Após quase três anos de namoro na ponte aérea, pois Thiago morava em Salvador e Danielle em Fortaleza, os jovens resolveram se casar e atualmente moram em Lauro de Freitas, região metropolitana da capital baiana. “O casamento aconteceu em 18 de abril de 2009, sob as bênçãos de muitos dos amigos que presenciaram o nosso encontro em Amargosa”, relata Thiago. Entre os amigos estava Marcelo Torres, um dos padrinhos do arquiteto, que também conheceu a esposa na mesma excursão do “São João Mágico”.

Salvador - São Paulo
A história do administrador de empresas é diferente. Ele e a esposa Ana Paula se conheceram na festa junina, mas só começaram a namorar dois meses depois. Apesar da tentativa de “ficar” com a publicitária paulista de 32 anos ainda em Amargosa, o relacionamento só começou após os festejos de São João.

“No São João eu levei fora dela, mas ficamos amigos”, revela. Apesar do “fora”, Marcelo conta que chegou a dizer a Ana Paula que eles iriam ficar juntos um dia, mas a publicitária achou o comentário prepotente. “Nós continuamos a nos falar e fui visitá-la em São Paulo, em agosto desse mesmo ano [2006], e fiquei com ela. Depois de mais ou menos um mês, nós oficializamos e resolvemos namorar”, conta Marcelo. Foram dois anos na ponte aéra Salvador-São Paulo até que em 2008 ele resolveu morar na capital paulista para ficar próximo da namorada. Em 2010, após uma viagem à Parati, o casal decidiu se casar no final de 2012, porém, depois da orientação de uma numeróloga, eles se casaram em 19 de maio deste ano. Como um dos padrinhos da cerimônia, Marcelo escolheu o amigo Thiago.

Para o arquiteto, a festa de São João continua sendo mágica. “Fazemos questão de festejar o São João a cada ano! É uma festa que não pode passar em branco no nosso calendário! São João é uma festa muito especial sim! Já gostávamos muito e hoje é um momento de renovação do nosso amor”, declara o jovem. Assim como o amigo, Marcelo ainda cultiva o hábito de festejar o São João, porém, em proporções menores em relação à curtição ocorrida em 2006 com todo o grupo reunido. “Nos anos seguintes ao da excursão, nós [eu e Ana Paula] continuamos a frequentar festas de São João, mas não como naquele ano. Só frequentamos festinhas juninas particulares. É dessa forma que a gente curte”, conclui o administrador.

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